quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A Lagarta e a Borboleta


Nosso tempo de vida é muito maior que o dos insetos, e, portanto podemos aprender com eles, e através deles.
Vejamos a vida de uma lagarta e nós coloquemos no lugar dela.
A única realidade que existe a ela, é a de ser um animal rastejante, que se alimenta de folhas, que tem um mundo muito pequeno, às vezes uma única planta, ou alguns metros quadrados de liberdade. Vive para se alimentar.
Percebe pousar na planta onde esta a borboleta, a admira, mas para ela, este ser é um completo estranho.
Percebe o casulo, e só identifica que não é alimento, mas não percebe nenhuma relação do mesmo consigo.
Apenas identifica suas irmãs lagartas, e disputa com as mesmas o alimento.
Para ela o mundo se restringe em lagartas, e planta... Não pensa sobre sua missão, seu destino, e sobre o que ocorrerá após a morte. Ou mesmo, será que ela tem noção de ser perene?
Mesmo no momento que o instinto a faz começar a tecer seu casulo, e penetrar no mesmo, não tem a noção do porque o faz, e qual seu objetivo. Só percebe que seu instinto lhe leva a tecer o casulo. Para a lagarta, ela esta tecendo sua câmara mortuária. E todas as lagartas têm o mesmo instinto, no mesmo momento, sem saber quem lhes comanda.
Passado um tempo, o casulo se rompe, e a lagarta não esta mais ali, mas aos poucos surge um Ser totalmente diferente, que inicia a abrir, também por que são seu instinto, suas asas, e espera que elas sequem, se fortaleçam, e algo interno a borboleta, sabe que ela não mais é um ser rastejante, mas totalmente capaz de voar.

Mas, para nós, que temos mais tempo de existência, e observamos o processo todo da borboleta, seu processo, percebemos que apenas o mesmo Espírito estava neste Ser, que ele teve 3 existências sob nosso olhar, antes da borboleta realmente morrer, a vida como lagarta, como casulo, e como borboleta, que deu origem a novas lagartas, se multiplicando, ou seja, gerando novos seres que se apresentam para a experiência.

Porém, como será que um Ser cujo tempo de vida, o nosso ponto de vista seja eterno, percebe nossa existência?
Será que ao acompanhar nosso processo de evolução, como observador, não no plano material, mas em um plano que ele nós observe a partir de nossa essência, de nosso espírito, ele não seria capaz de compreender que, considerando a linha do tempo linear, já passamos pela experiência de sermos apenas átomos, aprendemos a nós unir a outros átomos gerando substancias, e aos poucos aprendemos a transformar substancias em células, e estas em vegetais, vírus, bactérias, animais policelulares, invertebrados, vertebrados do mais simples ao mais complexo, mamíferos, e depois hominais.
Percebeu que durante nossos processos de criar, viver, sumir, evoluir, na matéria, fomos assumindo cada vez mais controle de nosso conjunto celular, que partes nossas permaneceram experienciando a vivencia do reino mineral, outra no vegetal, outras nos animais. E dentre estes, a vivencia incluiu a experienciação de todos os ambientes disponíveis no planeta, e que formas eram mais adequadas para viver na água, na terra e no ar, quais as ferramentas que esta essência teria que desenvolver para sobreviver funcionalmente no meio onde vive.
Este Ser Eterno percebe em todos, estas vivencias, tendo atrás delas um mesmo Espírito Único, o mesmo, assim como nós percebemos na lagarta, casulo e borboleta.
Se nós entrarmos neste olhar deste Ser, perceberíamos que cada coisa colocada neste planeta, e ele próprio são partes de nosso espírito, e que cada átomo faz parte do mesmo organismo, assim como percebemos nossas células como partes nossas, apesar de que seu tempo de vida é pequeno. Entenderíamos que não existe fora e dentro do corpo, nós e o mundo, aspectos do mesmo espírito, onde só muda o que a consciência esta observando.
Somos como a lagarta que não consegue ver seus próximos passos evolutivos, e por isto teme o futuro, resiste ao mesmo, porque, nós nos desconectamos desta essência, que ensina a lagarta aceitar seu processo de tecer o casulo como natural, porque passamos a crer que podemos controlar o mundo, como se ele não fosse parte nossa, e negativamos nossa mente, contaminando a com o veneno do medo, da insegurança, da falta de fé em si mesmo. Nós saímos do fluxo natural, e por isto sofremos, pois a Natureza nos obriga a voltar ao fluxo.
Podemos aprender com a lagarta a confiar que existe um espírito dentro dela que sabe o porquê tecer e entrar no casulo. Quem sabe o que renascerá do que acreditamos ser a vivencia como humanos? Mais cedo ou mais tarde nós tornaremos algum destes seres que admiramos hoje como superiores a nós, seja apenas nossa próxima etapa evolutiva...


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Alquimista




Ser um alquimista é ser estudante da química divina.
É compreender como o Criador gerou a matéria, e os princípios que determinou para a sua ordenação.
É aprender a ser co-criador no plano material, expert não só nos processos físico-químicos de laboratório, mas da vida.
Eis que descobre que o mundo, a vida, em si é o grande laboratório, construído pelo Grande Arquiteto para operarmos e ensaiarmos.
Eis a oportunidade de transcendermos, de alquimistas que lidam e dominam a materialidade, transmutando-a iaô incluir os seres viventes em seu estudo.
Aos poucos, o alquimista se descobre capaz também de transmutar almas.
Torna-se o agente de mudança, de cura da negatividade, do não funcional, para positivar e reintegralizar o Ser.
O Alquimista de Almas se torna um inversor de estados dissonantes, um ordenador.
Eis a verdadeira pedra filosofal, a fonte da juventude – o levar almas de baixa lucidez, densas e frágeis como o chumbo, para estado onde se tornam belas, brilhantes, com valor e adaptáveis como o ouro.
As ajuda a sair de seres limitados e perenes a se descobrir como Espíritos eternos, com o vigor da juventude permanente.
O verdadeiro alquimista usa seu conhecimento das operações materiais e energéticas para tocar almas de seus irmãos.
É função primaz de o alquimista despertar o estado espiritual do que toca, seja dos reinos mineral, vegetal, animal e até mesmo hominal, e porque não, aquilo que transcende sua percepção limitada pela fisicalidade.
Mas o primeiro que o alquimista deve despertar é a sua própria essência, em vários aspectos, na materialidade, no emocional, no astral, mental, espiritual, divino, curando cada uma das suas entidades internas do veneno que lhe limitam, principalmente o venenos da negatividade, do medo, e da necessidade de segurança, que é ilusória em um mundo em constate transformação.
Eis o desafio do alquimista de almas – Despertar a si mesmo, e lembrar que a alquimia é a arte da simplicidade, vindo do ato de observar e comparar, afinal o que esta em cima esta em baixo, o que esta fora esta dentro, e, portanto seu principal laboratório de trabalho é seu próprio mundo interior.

Caminhar




No caminhar deve haver Esperança de um objetivo alcançar;
E a lucidez de qual é nosso objetivo.
Foco no destino para iluminá-lo.
Compreensão da importância do caminho.
Esperança, na qual se encontra a força para levar um passo a frente do anterior.
A seqüência de passos com a consciência de cada flor, pedra;
De cada Ser dos reinos mineral, vegetal, animal e humano que vem abençoar nosso caminhar.
Uns caminharão a nosso lado por algum tempo, outros só cruzam rapidamente a trilha, mas deixam sua marca.
Porém, outros afetam nosso caminho, nós levando a parar, ou mesmo retornar por um momento.
Ou mesmo nós levam a mudar totalmente de caminho, rever nosso destino.
Todos são bênçãos pelo que nos trazem no aprendizado, sejam flores a perfumar ou pedras que ferem os pés.
Todos nós conduzirão a nosso destino, pois o que mais importa é o caminho e não a chegada.
Pois todos os momentos são de chegada e são de partida.
E todos os caminhos levam ao mesmo lugar – a você mesmo.

Juiz Interno




Na vida entramos em contato com inúmeras informações, e aos poucos, conforme nossas experiências, algumas se tornam verdadeiras para nós, outras são descartadas. Construímos uma estrutura de crenças que se torna nosso pilar de valores e crenças, com a força de um código de leis interno.
A partir deste código geramos nossa referencia de certo e errado – o que esta de acordo ou não com nossas leis internas. Nos momentos que realizamos uma ação que é contraria a estas leis, e suas conseqüências são negativas, nós nos colocamos como réus em nosso próprio tribunal da consciência. E invariavelmente nos condenamos e punimos.
E como não temos a consciência que este código de leis foi criado por nós mesmos, e que, portanto, podemos alterá-lo, sentimos como se fosse o mundo que nos julgasse, em sua parte mais respeitada por nós, o divino. E geramos a imagem de um Deus enérgico e punidor.
Com isto retiramos de nossas mãos a possibilidade de alterar esta estrutura e também nossa responsabilidade sobre a mesma. Transferimos então nosso poder ao Deus externo e ao mundo, colocando-nós no papel de réus.
E que juiz implacável geramos para nós, ele não dá nenhum valor ao que fazemos de bem, de funcional, as nossas vitórias e conquistas, a qualquer coisa que reforce nossa autoestima, nossa força interna.
Este juiz nos coloca como reféns de si, totalmente a mercê de seu julgamento, no qual não cabe advogado de defesa, apenas a promotoria, recursos em instancias superiores. É ele que destrói nossos conceitos de autovalor e busca nivelar ao quase nada, ao fracassado. Ele que em ação onde tivemos 99% de êxito, sabe apenas apontar onde houve a falha, o que poderia ter sido melhor.
O nosso código de leis, criado a principio para nós nortear, para servir de base sólida a nosso caminhar, perde-se em sua função e se torna prisão. A energia que gastamos para manter esta estrutura é enorme, pois geramos nela grades que nos cerceiam, amarras que tolhem a criatividade, os impulsos e temperamentos.
Este código vira o monstro que destrói o medico que o gerou.
Mas, podemos como médicos, corrigir a estrutura defeituosa, ao ressignificar nossas leis internas, as tornando mais maleáveis, libertadoras, funcionais, incentivadoras de nossa evolução.
Ao modificarmos nosso comando interno que só a perfeição é aceitável, o que é impossível para um individuo que foi gerado para aprender por tentativa e erro, para o de sermos caprichosos no que fazemos, no melhor de que somos capazes, do jeito que sabemos fazer, com a consciência de que ainda podemos e iremos falhar, pois a luz de nossa inteligência ainda não extirpou todas as sombras de ignorância que possuímos; de que errar é humano, faz parte do jogo e não nos cabe culpa e punição, mas sim o aprendizado que se somará a nossa sabedoria.
Portanto, podemos perceber, que o erro aumenta nossa luz e reduz nossa sombra no sentido de que cada engano aprendido, nós aproxima da capacidade de fazermos o correto.
Se for de cada tentativa e erro, que evoluímos, então porque nós nos julgamos tão severamente?
Se observarmos bem, as demais pessoas nem se apercebem de nossos enganos, ocupadas consigo mesmas, que o mundo não para tudo o que esta fazendo para nós julgar. Deus, então, que possui a responsabilidades de Universos, não irá nos focar com uma lupa... Ele tem mais o que fazer, e é para isto que gerou os princípios que nos regem...
Apenas o juiz que nós mesmos criamos dentro de nós o faz. È uma parte de nosso ser, que determinamos seguir o papel de juiz. Mas se formos capazes de compreender que os outros têm seu valor, mesmo tendo defeitos, cometendo enganos, e os amamos como são, porque não somos capazes de ter a mesma compreensão, complacência para conosco mesmos?
Retiremos este juiz de seu púlpito e o tragamos ao posto de um amigo, orientador, e que ele seja mais brando, corrigindo, aconselhando, ao invés de punir. Ensinando amorosamente, com paciência e com a plena fé de que sempre aprenderemos a sermos melhores do que hoje somos rumo à perfeição, oriunda da sabedoria que desejamos.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Nossa Família espiritual

Todos nós somos um Universo em si mesmo.
Recebemos de nossos antepassados, sua memória genética na forma de DNA, tanto físico quanto sutil.
Esta memória se encontra arquivada em cada uma de nossas células, e fazem que sejamos quem somos.
Assim, tudo aquilo que vivenciamos, seja neste momento, ou em outra época também faz parte de nossa sabedoria.
Para nosso Espírito, centelha divina eterna, não existe tempo e espaço, pois ele apenas é.
No angulo de visão d’ele, todas nossas vidas, sejam no planeta terra, ou em outros orbes ou dimensões, estão ocorrendo neste mesmo momento. Apenas como uma televisão aparenta para nos manifestos, que o único canal existente seja o que estamos sintonizados, nossa vida real atual. Mas na realidade, nesta fonte existem milhares de canais simultâneos, cada um com seu aprendizado, desenvolvendo potenciais diversos, e por gerenciamento de nosso espírito, as lições são interligadas, pois o objetivo d’ele é sempre encontrar uma forma melhor de se realizar um desafio. E através da vivencia de nosso espírito, Deus está experienciando e se expandindo.
Não nos percebemos que somos Deus se sentindo, de tão identificados que estamos com o corpo. Muitos de nós nem dão valor a vida física, outros se preocupam consigo mesmos, mas não se importam se o planeta em que vivemos agora seja destruído, outros, poucos ainda, percebem que Tudo é Um, todos somos células de Deus, apesar de que o ego nos dá a ilusão de sermos individualizados, Tudo é interligado, e se o Todo perder apenas uma de suas emanações deixará de ser o Todo, de ser integro.
Assim somos nós, estamos na ilusão que a nossa vida material é nosso foco, e sentimos que qualquer perda ocorrida neste plano, nos deixa mais pobres. Esquecemos que somos a materialização do pensamento de nosso espírito, que cada espírito é em si, a materialização da vontade do Todo.
Então, se fracassarmos, o Todo fracassa, e se o planeta ruir, também fracassamos como artífices que somos desta realidade. Esquecemos que como Deuses em manifestação, nosso pensamento e vontade tem o poder de lei atuando sobre nossa realidade. E que aquilo onde colocarmos nossa fé, nosso foco realizador, será o que será materializado como realidade. Estamos, nesta manifestação, enfrentando a possibilidade de mais uma vez, como civilização termos fracassado, e nem nos apercebemos que passamos 24 horas por dia considerando o mundo a nossa volta como hostil nos preparando para sua destruição, pois nos sentimos impotentes para mudar a realidade, e vivemos fazendo a partir de fatos dramas para o futuro. Não percebemos a quantidade de energia que emanamos para manifestar uma realidade não funcional, e que os raros momentos que deixamos nossa inconsciência, e desejamos com nossa mente que a realidade mude, não é capaz de anular nem ao menos a energia que nos mesmos colocamos na dramatização.
Esquecemos nosso poder de mudar instantaneamente a realidade, como centelhas divinas, pois não nos acreditamos capazes, pois nos cremos apenas um corpo a mercê do mundo, e não um espírito eterno, manifestação do Todo. Pois como Espírito somos apenas positividade, confiança, certeza que tudo esta correto, correndo como o programado para o aprendizado.
Mas no momento que percebermos que somos muito mais que esta realidade que percebemos, compreenderemos que podemos nos reconectar com nosso Espírito, e acessar através dele toda a sabedoria de nossas vidas anteriores, além das emanações geradas por cada decisão que tomamos, pois ao contrario do que cremos, a cada uma vivenciamos todas as possibilidades que se abrem na escolha.
E será no momento que o véu negro, que nos impede de perceber a maravilha do todo, for removido pela libertação de nossas estruturas de crenças limitantes, e nos entendermos como um com nosso espírito, e que nossa verdadeira família espiritual é a somatória de nossas partes emanadas no aprendizado por todo este Universo, independentemente de espaço-tempo, de dimensão, poderemos encontrar a iluminação, e finalmente nos reunirmos com nossas partes que já tomaram esta consciência da Unicidade, e entrarmos no circulo de proteção e guardiões das nossas partes que ainda não atingiram esta lucidez.
Quando uma de nossas partes se tornarem lúcida do Todo, e acreditar que ela tem todo potencial para através da sua vontade curar e iluminar as demais partes emanadas por seu espírito poderá ascender, como planeta, pois tudo e todos manifestos em Gaia somos apenas um, e, portanto ao atingirmos nossa consciência lúcida sobre nós estaremos curando a Gaia, levando a ela nosso equilíbrio e nossa ordem interna, e nos tornarmos canais do Divino se manifestando na terceira dimensão, canais que podemos ser se assim acreditarmos ser possível, através da nossa reconexão e conseqüente sabedoria das leis do Todo.
Se desejarmos salvar a Humanidade, o planeta, com toda sua diversidade e beleza, basta apenas curar a si mesmo, não como manifestação, mas como Espírito Eterno e Sábio, assumindo a responsabilidade sobre si mesmo e sua divindade.
Eis nossa busca – nos tornarmos Um, íntegros com todas nossas partes, lúcidos de nosso poder de criação.
E íntegros gerarmos uma nova realidade, onde tudo é mais funcional, ordenado, emanados pelo meu próprio estado interno.

Flores

De todos os corações brotam flores.
Todas são belas e exalam o perfume da esperança.
Mas a capacidade de cada um sentir o perfume emanado por seu próprio coração é que é pobre.
Olfato turvado pelas crenças dos próprios limites, da percepção deturpada de que o mundo é hostil, e por isto se encapsula o próprio coração em uma redoma impenetrável, defendendo-se de perigos que só existem em sua imaginação.
Então a flor ao ficar protegida pela redoma, não pode exalar seu perfume, alimentando o Ser e o mundo, e a esperança morre sem ao menos ter sido percebida.
Matamos as emanações de nosso coração tentando nos proteger da dor.
E geramos para nós próprios a mais profunda das dores, a da solidão, do auto abandono, e matamos nossa capacidade de realizar a missão de sermos flores que exalam e se manifestam ao mundo, gerando nele a beleza.
E nossa flor interna perde a função e morre.
Vamos olhar para a flor que ainda teima em florir no solo árido que lhe damos em nosso peito, e passemos a regá-la com amor, para que renasça a esperança, que derruba qualquer redoma de proteção por sua inutilidade, pois a mais bela flor não sofre ataques, não precisa ser defendida, apenas pede a permissão de realizar sua função – de perfumar a nossa vida.

Reflexão

Em um momento planetário, onde já se percebe que a civilização chegou a um ponto de insustentabilidade e total co-dependencia, já não nos preocupamos em sermos supridos diretamente por gaia, como seus filhos, tal como o fazem todos os demais reinos e espécies.
Tropeçamos em nosso orgulho e desaprendemos a sermos naturais.
Vemos nas plantas e flores sua beleza, mas não nós preocupamos em saber seu nome e as qualidades que possuem a nosso dispor.
E em um futuro provável, mas não certo, se estivermos em um local que nos faltem os recursos da civilização, os suprimentos básicos, como sobreviremos?
Sim, mas precisaremos saber plantar, cuidar, colher, mas mesmo isto hoje exige dependência, pois precisamos das sementes, mudas e ferramentas. E a colheita demorará alguns meses.
Nosso desafio é então sabermos reconhecer na Natureza o que já esta disponível para coleta para consumo imediato.
Que ironia seria pessoas altamente qualificadas, que passassem fome ao lado da Natureza, apenas por não saberem identificar os presentes que ela nos oferece graciosamente.
Perdemos o prazer de sugar o mel de uma flor, com medo de que ela seja tóxica, deixamos de comer folhas banhadas pelo orvalho, por não sermos capazes de reconhecer se são comestíveis.
É preciso que aqueles que desejam seguir o caminho de curar de forma natural sejam capazes, assim como o são os pajés, saber escolher e manipular cada planta a sua volta, obtendo das mesmas suas qualidades curativas, e lhes conservando a energia vital, pois apenas uma folha que nos doe seu espírito, sua essência, poderá nos alimentar energeticamente muito mais que meio quilo de alimento morto.
Eis o desafio para a sobrevivência pelas próprias habilidades, mesmo de mãos nuas, em momentos difíceis e ser úteis a sua comunidade- saber fazer muito com pouco ou nenhum recurso. Saber ensinar o que sabe, para que o conhecimento não se perca, e para isto, saber transformar seu próprio conhecimento em sabedoria.
E principalmente saber confiar em seu instinto, usando a intuição, se permitindo, que a própria Natureza nos oriente e que junto a ela, aprendamos a nos reconectar de forma funcional e voltemos a sermos capazes de realizar muito com quase nada, como o fazíamos em gerações anteriores.
Não é nas soluções sofisticadas que está o futuro da civilização, mas sim nas mais simples e naturais, em um retorno na integração com a Natureza.

O Aprendizado de um raio de sol

O sol, fonte de toda vida orgânica na Terra, sempre esta presente no céu, mesmo que encoberto e não vejamos.
Assim é a Sabedoria Universal, nossa conexão com o Divino Interior.
Quando o Sol se coloca no horizonte, chega pleno de Luz, mas apenas ao poucos, com delicadeza afasta as trevas. Se estivermos em uma mata e observarmos sua chegada, percebemos que primeiro banha as folhas altas, as copas e gentilmente seus raios penetram por entre os galhos. Se fossemos uma arvore, o sentiríamos como um leve calor que nos afasta do frio da noite.
E aos poucos, sua luz se divide em raios por passar por galhos, como se tímido pedisse permissão para tocar o solo. E ao observarmos seu caminhar, percebemos que existem vários caminhos para isto. Como os raios que o sol emite por entre as arvores, alguns são mais sólidos, mais luminosos, que banha varia arvores, cada uma na sua medida. Para algumas beija as raízes, sua sustentação, em outras o caule, mas por fim banha toda a arvore.
E ao lado deste raio-caminho, existem centenas de raios, que como outros caminhos se originam do Sol- sabedoria. Parecem que são caminhos distintos, mas tem a mesma fonte. E conforme o Sol sobe no horizonte de nossa vida, percebemos que todos os raios se unem, e que todos os caminhos se somam, trazendo a luz e em breve a mata antes escura se enche de luminosidade.
Podemos também seguir apenas um caminho ou vários, desde que visualizemos através dele que chegaremos ao nosso objetivo, à sabedoria, e devemos ter a confiança que no momento correto ela nós iluminará completamente.
Mas nunca poderemos esquecer que o raio de luz, por entre as arvores é só um efeito temporário de uma causa maior, assi9m como o caminho é só um recurso para acessarmos a reconexão.
Assim como as arvores anseiam pelo sol, nós ansiamos pela sabedoria, mas devemos estar prontos para nos banharmos nela, na nossa capacidade de absorção equilibrada, para evitar que nós nos queimemos sob sua influencia.
Assim como o sol tem sua medida correta, tocando cada planta como a Natureza a posicionou sabiamente para receber sua luz, precisamos nos posicionar perante a sabedoria para que ela não nos chegue nem em falta, nem em excesso.
A inteligência da vida, da Natureza, nos traz a sabedoria que somos capazes de ancorar, apesar de que todo seu potencial esteja disponível, apenas a absorvemos na medida de nossa capacidade de compreensão, e o quanto nos permitimos a acessar.
O seguir um caminho, um raio de sol, de lucidez, mais estruturado e intenso, nós permite o preparo para que no momento que estivermos devidamente preparados, sejamos capazes de ancorar lucidamente informações, de forma que elas deixem de ser conhecimento fragmentado para se tornar sabedoria integral.
Neste momento deixaremos de ser personagem ora manifesto, mas passaremos a incorporar nosso Espírito, fonte de toda nossa sabedoria, consciente e inconsciente, o nosso sol interior.

Um brinde a Felicidade

Nossa ânsia maior na vida é pelo momento em que pudermos nos considerar feliz.
Mas o que realmente será a felicidade?
Será que ela só será possível quando estivermos sem nenhum problema, já realizados profissional e afetivamente, com paz e harmonia interiores, a ponto de não termos mais tensões internas nos impulsionando a novos desafios?
Se considerarmos isto como felicidade, talvez seja como alguns dizem- felicidade não é para este mundo.
Enquanto vivermos na sociedade atual, sempre teremos desafios com nossos relacionamentos, vida profissional, anseios de novas conquistas, pois vida é movimento, é sempre estarmos colocando energias dos potenciais em movimento para que se concretizem.
Porém se modificarmos nosso conceito de felicidade, para o viver intensa e plenamente cada momento de nossa vida, lúcidos de que é uma oportunidade de aprendizado, e como é breve, devemos nos preencher do mesmo, sem dramas, medos, mas na confiança de que sempre somos capazes de nós sair bem, qualquer que seja o desafio que nos venha, e percebermos que felicidade é algo mais simples que supomos, não vem com fogos de artifícios para anunciá-la, pois ela já faz parte de nosso presente, apenas não temos a lucidez de que felicidade nada tem a ver com que o mundo nos traz, mas sim com nosso estado de espírito.
Se me mantenho em confiança em mim, na inteligência da vida que já me conduziu ate o momento, em paz interna, harmônico, centrado, percebo que Felicidade é um Estado do Ser, e que ela exige movimento, e, portanto não se restringe a momentos. Ou se É feliz ou não, ao invés do conceito de que Estou feliz ou não.
Felicidade é uma escolha; de todos os fatos de minha vida, existem cerca de 90% que fluem bem, e apenas 10% que se encontram disfuncionais. Se optarmos focar para o que esta disfuncional como prioritários na vida, perdemos o foco e gratidão pelo que já conquistei de funcionabilidade, e nos sentiremos ansiosos, tensionados e nos colocamos em dramas, sem saber se temos as forças necessárias para vencer o que não funciona.
Mas se nós focarmos em tudo de bom que já existe em minha vida, e utilizá-las como porto seguro, a partir do qual busco resolver o que ainda não está organizado, e encará-lo como desafios, oportunidades de aprendizado, como sendo aquilo que dá o colorido a nossa vida, perceberei o quanto já sou feliz, pelo que já vivi e venci.
Que cada dia, cada desafio, seja um brinde a felicidade, como no amanhecer, o sol vem nos brindar com sua luz vermelho dourada, nós chamando a vida e a lucidez de mais uma oportunidade de realizar, crescer, vencer, não ao mundo, mas a nós mesmos, a nossos dramas interiores, a nós mantermos na mesma paz e harmonia de quando contemplamos o raio de um novo dia ensolarado, que nos vitaliza.
Que cada dia seja um brinde a nós mesmos. Um brinde a felicidade, e que este se torne nosso estado natural de Ser.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Ego e Humildade

O ego faz parte de nosso funcionamento mental consciente, que faz com percebamos nossa individualidade, que existe algo que separa nosso corpo, o que somos, do mundo exterior.
Quando damos poder ao ego de decidir como se ele fosse nossa consciência total, e por sua função ser a relação com o exterior, começamos a nos movimentar de acordo com as pressões sociais, materiais, na obtenção de nossas necessidades básicas.
Esquecemo-nos que somos muito mais que o ego, e que este na busca da aceitação, aprovação, afeto dos outros, toma posse da nossa vida, criando leis internas que valorizam muito mais as informações provenientes do externo, do que do interno, o nosso próprio Ser.
E com esta forma de viver, sufocamos nosso temperamento, nossa liberdade de sermos o que somos, para estarmos sempre nos comparando com os outros, nos diminuindo, desejando seguir modelos aparente aprovados, e entramos em processo de baixa estima,alimentando a sensação de inadequação, de incompetência gerando um vazio dentro de nós.
É pela função do Ego, que prefere ter, ostentar, do que Ser, pois para ele existe apenas o externo, que quando mal direcionado, age como uma criança a quem se da o poder de gerenciar uma casa... dificilmente será funcional.
Porém se aprendermos a usá-lo para lidar com as relações externas, apenas como gerente, consciente que acima dele existe uma direção, que esta cuidando não só do processo corpóreo interno, como de todo conteúdo inconsciente e espiritual.
Então o ego se torna uma ferramenta, onde o externo passa a ser só uma referencia de como se esta internamente. Ele se responsabiliza de manter nosso corpo energético impenetrável ao que pode nos fazer mal, e percebe que manter nossa diversidade é funcional, na individualidade saudável, ao invés de impormos a opinião do mundo sobre nós, pois ele percebe que o espírito, a alma, tomou posse sobre o viver e estão mais bem preparadas para tomar decisões e orientá-lo, alem de preenchê-lo.
Com a alma presente não existe mais a necessidade da aprovação do mundo, mas de si mesmo. Neste momento, o ego descansa porque não precisa mais gastar energia se ostentando, de impressionar o mundo, como sendo melhor que os demais. Ele sabe então o que é, e é feliz sendo o que é.
Neste momento nasce à humildade que abafa o orgulho, a amorosidade que demonstra a inutilidade do julgamento, a harmonia anula as culpas pela aceitação plena do que se é.
O ego então se curva perante a alma, se integra, ordenadamente, e aceita que somos o que somos, nem menos, nem mais, apenas o que somos, com nossas habilidades, conquistas reais, desafios e enganos, como únicos responsáveis pelo caminho que trilhamos.
Encontramos assim a independência do mundo do mundo, e nos tornamos maduros espiritualmente, onde lúcidos percebemos o mundo, e decidimos como interagir com ele em harmonia, sem confrontos, sem necessidades ilusórias.
E a paz se faz em nosso viver, pois não mais necessitamos gastar energia buscando a aprovação do mundo, pois nós nos aprovamos e preenchemos. E nos tornamos felizes.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Fatos- desafios ou problemas?


Na vida, os fatos nos buscam a cada momento, agradáveis ou não, pois a vida só se realiza no movimento. Então nem a opção de ficarmos parados temos, pois eles nos buscarão, batendo a porta, e entrando mesmo que não desejemos recebê-los.
Cada fato em si, é apenas uma situação determinada, colocada em nosso caminho com uma função positiva. O que altera perante o fato, é a atitude pelo qual ele é observado. Ou seja, o observador tem impacto no fato, modificando-o.
Como observadores, temos varias opções de como reagir perante o fato, algumas melhores que outras, e o fato então se transforma em um problema, desafio ou mesmo uma solução... tudo depende da ótica do observador.
Se encararmos os fatos como pedras no caminho, problemas, e só ficarmos focados nelas, se transformarão em montanhas que nós impedem de prosseguir, pois nos sentimos impotentes perante eles, e ficamos incomodados com ele, não com o problema em si, mas no fundo com a nossa própria sensação de desagrado, que traz ao consciente percepções que nós negamos a perceber que existem em nós- como os pequenos obstáculos afetam a nossa necessidade de estar com a mente no controle de tudo, e o sintoma disto é quando vemos as situações como nunca estando de acordo com o que desejávamos que estivesse, pois duas pessoas nunca realizarão a mesma tarefa da mesma forma.
E o que nos incomoda é a percepção de que temos dificuldade de nos adaptar a uma situação que não é ideal, como desejada, mas é real, da qual não podemos fugir de lidar.
Quando desejamos um caminho sem pedras, estamos buscando uma trilha ideal, e sempre determinamos para nos encontrarmos a desilusão, pois a realidade nunca é como desejaríamos, pois ela se manifesta de acordo com nossa necessidade de aprendizado.
Mas também podemos optar como observadores do nosso próprio caminho, olhar para as pedras, aceitando sua existência, e a necessidade de lidarmos com elas, mas sem perder o olhar sobre todo o caminho, e decidir como usaremos estas pedras, se para embelezar-lo. Podemos utilizá-los para criar uma barreira lateral no caminho, limitando a possibilidade da invasão de ervas daninhas, do caos do mundo sobre nosso caminhar, como de apoio a proteção das flores que plantamos, como delimitadores de belos lagos, onde colocamos os peixes simbolizando nossas vitorias, usando cada problema para enriquecer nossa vida, criando com eles, na nossa mente um belo jardim simbólico, que nos acalma toda vez que o observamos, pois cada pedra colocada lá é uma oportunidade de crescimento, um impulso...
Então os problemas de nossa vida, ao invés de enfeiar, se tornam belas molduras ao quadro novo que pintamos todos os dias. E quando formos capazes de nos adequar as dificuldades postas em nosso caminho, de forma positiva, mais bela será nossa conquista, pois seremos capazes de ver a beleza sempre, mesmo quando aparentemente o quadro chega a nós com cores cinzentas, acionando conteúdos negativos. Pois o negativo só nos atingirá, se estivermos vibrando nele, se for nosso foco como microcosmos. Mas se nosso foco esta na positividade, em sermos felizes apesar do caos externo que busca nos afetar, a negatividade perderá o poder sobre nós, pois seremos capazes de olhar para além do quadro cinzento, para a beleza da parede, da casa, do macrocosmo.
Afinal, como podemos sofrer as pedras do caminho, quando nosso olhar se perde com a infinitude do Universo? Com o ceu estrelado, com o luar, a natureza em sua infinita diversidade?
E como queremos controlar as pequenas pedras, se percebemos que ha alguém muito mais sábio que nós, capaz de criar um universo perfeito, como se ele não soubesse por que ele colocou cada pedra nos mesmo, para nos desafiar? Será que a vida teria valor sem o desafio dos problemas, contratempos, se ela fosse da forma que a idealizamos, ao invés de ser real...

domingo, 24 de abril de 2011

Reflexão de Pascoa

Na Páscoa comemora-se na figura de Jesus a redenção de todos os pecados do Ser, a transmutação da dor em renascimento.
Jesus foi um grande iniciado dos mistérios e um mestre que demonstrou o caminho, para que pudéssemos segui-lo.
Mas se ate ele necessitou passar pelo fenômeno da morte, ser sepultado, descer as profundezas do inferno, apelou para que toda sua força e capacidades do seu estado de Ser espiritual para enfrentar a dor, e obteve a vitoria sobre si mesmo, sobre sua parte física.
Ao iniciar sua missão, foi ao deserto, e mesmo no enfraquecimento do corpo físico pelo jejum e clima, que era preparado para outro momento, enfrentou os demônios, na figura de Lúcifer.
Enfrentou mais uma vez a maldade, a ira, as próprias dores psicoemocionais e apenas pelo conhecimento em seu próprio conhecimento invisível, pela sua fé na pureza interna, que transcende a própria dualidade humana, entre bem e mal.
Eis o verdadeiro conflito do guerreiro, entre o consciente, de inconsciente que geram tensões magnéticas que repercutem em cada átomo do nosso ser. Apenas na transcendência, na Assumpção de nossa parte supra consciente, estas tensões deixarão de existir, de conflitantes se tornando harmônicas.
E apenas naqueles que estas tensões entram em equilíbrio, que vence ao aceitar as próprias fraquezas, o desprezo por si mesmo manifesto por uma sensação de inadequação, das duvidas, dos medos, e renasce como um novo ser, onde trabalham em conjunto, consciente, inconsciente e supra consciente.
Neste estado de harmonia, os demônios dos enganos do passado, sobem pela via cruxis do amor divino, se depurando pela compreensão, e aos descerem da cruz, o corpo perde suas tensões carmicas deletérias, e é permitido ao espírito renascer em matéria, tão pura quanto ele. E na ressurreição se inicia uma nova fase evolutiva, dirigida pelo amor, pela pureza, pela compreensão, pela organização, onde o passado e o próprio caos do meio perdem o poder sobre nós.
Se descer ao inferno, e confrontar, não no duelo, mas na redenção, as dualidades, medos, preocupações, que causam a fragmentação do ser, assim como os dogmas, desapegarmos de nossos paradigmas que nos limitam, nós tornamos livres para que na força do orixá Ogum, na sua benção, já mais ordenados e coerentes, iniciamos um novo caminho, dentro de nós irradia-se a fé, em nosso próprio espírito que se torna então manifesto.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A Terra chora

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Esta musica não deve ser esquecida...
A Terra chora pelos seus filhos...
Seu sangue corre contaminado por suas veias...
E em um exercício hercúleo, ainda tenta sobreviver...
Não são apenas os índios os filhos da terra...
Somos todos filhos dela, e dela dependemos para sobreviver...
Assim como nossos irmãos plantas, animais, e até mesmo minerais...
Mas nossa mãe encontra-se adoecida...
Ela deseja gerar uma nova era, dando a seus filhos uma nova realidade, a do paraíso...
Mas nós humanos, ignorantes, na crença que sabemos o que é melhor para nós, a envenenamos...
Temos medo deste paraíso?
Não nós achamos merecedores?
Nossa crença na dor e no sofrimento, em carma negativo nós cega?
Estamos no útero da Mãe Terra, e tudo fazemos para não nascer para um reino onde o amor impera...
Mas a única coisa que obtemos nesta revolta é que ela nos aborte... mais uma vez....persistimos em não querer nascer...
Temos medo de nascer para nosso próprio Espírito...
Preferimos continuar como crianças, que precisam ser mimadas, cuidadas nos mínimos detalhes...
O crescer, o deixar a atitude de criança, e evoluir para o adulto, com maturidade e responsabilidade nos assombram...
Esquecemos que na maturidade se encontra nossa liberdade...
Focamos o negativo, o peso da responsabilidade por nós mesmos...
E desprezamos os recursos que recebemos para que esta responsabilidade se torne um prazer:
Nosso potencial espiritual, que se encontra desesperado para se realizar...

Até quando seremos bebes que se negam a nascer, crescer, e gerar um planeta melhor, nosso próprio paraíso?...
Até quando vamos dar aos outros a responsabilidade de nós realizar?E culpá-los pelas nossas incompetências?
Quando é que descobriremos que somos 100% responsáveis pelo mundo que habitamos?
Que ele é apenas o reflexo perceptível da nossa doença interna?
Que não é o mar do Japão que contamina o sangue do planeta...
São nossas crenças no negativo, na inadequação, nos modelos a nos formatar, e matar nossa essência, o verdadeiro mal,
Nas crenças da falta que nos levam a guerra, a querer reter tudo que é possível para nós próprios...
E tentando sufocar o crescimento de nosso irmão ao lado, agimos como veneno, pois ao tentar destruí-lo, destruímos a nós próprios...
Pois o irmão ao lado, só representa um potencial interno nosso que ainda não percebemos em nós...
Ao amarrarmos o caminho do amigo, amarramos o nosso...
O caos radioativo do outro lado do mundo, as florestas que são destruídas, a água e o ar contaminados, na realidade estão dentro de nós...
Vamos esperar o caos chegar a nossa porta, onde não poderemos mais adiar...
Ou vamos despertar agora e iniciarmos a jornada do guerreiro e nós trabalhar?
Vamos vencer nosso inimigo interno, nosso caos e desordem interiores?
Quem sabe, a gente se curando, possamos fazer do mundo externo, o paraíso que a Mãe Gaia tenta levar ao nascimento...

Frei Luiz Paulo Alcântara (através Ingrid) – 13/04/2011,9:00 hs em homenagem as crianças de realengo....

domingo, 10 de abril de 2011

O Cisne


Em nossa infancia, ouvimos a estória do Patinho Feio (C. Anderson), um pobre patinho rejeitado que se transforma em um cisne. Em nosso subconsciente fica a mensagem que mesmo os que aparentam serem feios, desajeitados, diferentes, podem ter qualidades escondidas esperando para serem reveladas. O objetivo da estória é plantar em nós a semente da aceitação da diversidade no mundo.
Mas o que não percebemos, é que podemos utilizar este conto para trabalharmos as nossas próprias diferenças, que geram internamente uma sensação de inadequação.
Assim como o patinho
Que luta com as dificuldades desde seu nascimento, onde a mãe pata ao ver sua demora em nascer, já o força a romper a casca, mesmo ainda não sendo seu momento de nascer, e o testa, fazendo com que nade, antes de aceita-lo em sua ninhada como filho.
Nós também enfrentamos estas dificuldades. Assim que como espíritos, para nos manifestarmos na materialidade, somos obrigados a nos contrairmos, até ao tamanho de células, para encaixarmos em um corpo de bebe, trazendo em nosso inconsciente um temperamento pleno, com a disposição de viver, entramos em um corpo que ainda precisamos aprender a usar, e temos que contrair toda nossa sensibilidade, focando em como nos manifestarmos em terceira dimensão.
Neste momento, iniciamos a jornada de nos adaptarmos com limitações e uma serie de informações energéticas caóticas, novas, e com total dependência de sermos supridos em nossas necessidades pelo mundo externo, abrindo mão de termos controle sobre o mundo externo, mas aprendendo a nos comunicarmos com o mesmo, pois suas informações se tornam prioritárias para nossa sobrevivência, e vamos experienciando a como lidar com nossos pais para obter deles o alimento, a higiene, carinho, e a contermos nossos impulsos para não contrariá-los.
Então, vamos recebendo do meio, uma formatação, modos de sermos aceitos socialmente, e quando não nos adequamos ao padrão, como o patinho, somos ridicularizados e nasce em nos o sentimento de inadequação, de incapacidade, que pode perdurar por toda a vida.
Inicia-se então o conflito entre temperamento que nasce conosco e vem da alma, e o comportamento imposto pelo mundo.
Por mais que tentemos, enquanto damos a prioridade ao comportamento que fará que o mundo externo nós aceite e supra, existirá uma voz dentro de nós, que fala sobre um vazio no peito, que nos indica que algo não esta correto.
E quanto mais buscarmos nos formatar ao meio, maior se torna nosso sentimento de inadequação. Nunca nós sentimos tão inteligentes, belos perante os padrões sociais, eficientes quanto o esperado,a perfeição , em relação aos modelos, parece algo impossível.
Então passamos a buscar grupos, onde existam pessoas que tenham alguns dos interesses e dificuldades semelhantes, e passamos a nós sentir um pouco menos diferentes, menos “inadequados”, e tentamos nós adequar ao grupo. No inicio, isto nós trará conforto pela acolhida, mas com um tempo, a voz interior retorna, falando de estar sendo oprimida em seu temperamento.
Em dado momento, no cansaço de tentar se adequar a grupos, nós recolhemos como o cisne, que pousa e permanece solitário em um lago tranqüilo, convive, mas não compartilha, com os “patos, marrecos, peixes”, cada um vivendo sua existência, mas ainda se sentindo isolado.
Mas ainda não percebemos que durante este processo crescemos, não só fisicamente como em força, garra de sobreviver e beleza. Dentro de nós ainda nos sentimos o patinho feito, inadequado, que não possui nada que possa ser amado, a ser compartilhado.
Cremos que somos incapazes de descobrir em nossas asas o potencial de voarmos pelos ares, até o longe, e nos contentamos a ficar em nossa zona de conforto, onde parece que o conflito temperamento versus comportamento entra em trégua, e a pressão some, mesmo sem que o espaço vazio no peito seja preenchido. E nadamos no lago da vida, coabitando neste planeta, vivendo o dia a dia, porém ainda sem a consciência de quem somos.
Porém, um dia vemos cruzando os ares, sobre nós, seres semelhantes a nós, e a nossa alma, apesar de não o reconhecerem conscientemente,os colocam como nosso ideal a ser atingidos, pois se eles são capazes, reconheço em meu intimo que também possuo este potencial. E como um bando de cisnes passam rápido, deixando apenas sua imagem gravadas no coração,despertando-o.
E ainda na solidão buscamos sair da influencia de seres conscientes, e vamos nos tentando harmonizar com a Natureza, com esta imagem. continuamos a enfrentar as intempéries da vida, e continuamos nós fortalecendo, crescendo em recursos, em beleza, em luz,apesar que em alguns momentos pareça que iremos sucumbir perante a rigidez do mundo, sem que nós percebamos.
Mas em um momento de limite, somos levados a exercitar nossa capacidade de voar ao alto dos céus, assim como nosso ideal que pulsa no coração, e quando um novo bando de cisnes sobrevoa onde estamos, estamos prontos a nós desapegar de todos nossos limites, crenças negativas, da segurança do conhecido, e voamos de encontro às aves, e somos convidados a entrar em seu bando. E neste momento, deixamos de ser inadequados, e nós descobrimos como seres individuais, independentes, e em todos lagos onde pousarmos deste momento em diante, seremos reconhecidos como os mais belos, pois temos o domínio e a certeza interior da nossa beleza única, e em vitoria ao sentimento de inadequação, as inseguranças, aos temores, tomamos posse de nós mesmos em nossa diversidade, e deixamos de tentar nos formatar ao mundo, e por isto, ao sermos coerentes conosco mesmos, a nós honrarmos, o mundo passa a nós respeitar e admirar...
Então o patinho feio, desajeitado, se torna o belo cisne...

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Vida = Consciência?


O que é realmente estar vivo? Para o reino mineral, vida é estar com suas moléculas em atividade, e através da movimentação atômica geram um campo energético de atuação. E de acordo com sua organização pode se manter particulada como terra que serve de sustentáculo a vida, e cada uma destas partículas exercem funções diferentes, seja de apoio, seja de nutrição, seja de reservatório de água, seja como mantenedora da crosta onde a vida possa progredir. Mas alguns minerais decidem evoluir, crescer, e através da sua associação com seus iguais, e em perfeita organização gera os cristais, belos e preciosos. Quem olha a o pó de carvão nunca poderia suspeitar que dele pudesse ser gerado um diamante. E como cristal, se torna mais forte e poderoso, a ponto de que fatos naturais não possam alterá-lo, pois em seu equilíbrio torna-se um universo em si capaz de registrar todo o conhecimento da existência do planeta que o sustenta, pois nasceu junto com ele. Graças ao reino mineral, que passou milhões de anos se organizando e estabelecendo, se tornou possível a partir dele surgir outras formas, outros reinos de existência, assim como o vegetal, que inicia a gerar em um mesmo organismo a capacidade de funções diferenciadas, a especialização, a simbiose. E há proliferação de células, já autônomas, microorganismos, que unidos, parte se tornam especializadas em ser raízes, parte flui como seiva que alimenta e gera caule, casca, galhos, e folhas que se banham ao sol, unindo a energia telúrica dos minerais planetários com a energia gerada pelo sol, temperada pelo vazio cósmico. Enquanto o mineral vive uma experiência voltada ao seu interior, o vegetal começa a vivenciar a relação com o meio, com os vizinhos, em troca simples, porém sincera. O reino vegetal prolifera em experiência de diferenciação da função de suas células-moléculas, gerando diversidade, aprendendo a conviver com os elementos, mais como observador, com campo de atuação limitado pela fixação ao solo. Mas o vegetal sonhou em ser capaz de se locomover. Então juntos, reino mineral e vegetal, com a ajuda dos elementos, vão aprendendo a gerar corpos, com apêndices, que lhes aumente o campo de atuação, até aprenderem a se alimentar e fixar sem raízes, e que ao mesmo tempo lhes permitisse a locomoção. As plantas vivem a experiência de compartilhar com a terra, com o ar, com a água, a sua existência. E foi aprendendo a se alimentar diretamente do ar, e formas de absorver nutrientes sem a dependência das raízes, gerando células especializadas a digestão, e começam a experimentar o movimento por meio de um comando interno. Então, para se moverem, foi necessário desenvolver um centro de comando, que coordena cada uma de suas células especializadas para que trabalhem em harmonia, e de forma sincrônica. Nasce então o cérebro primeiro, que já permite a manifestação da vida animal, fruto da soma das experiências dos minerais, dos vegetais, de seres mono e pluricelulares, que durante milhares de anos expereciaram e se aperfeiçoaram. Surgem então os peixes, pássaros, e animais terrestres, cada um aprendendo a conhecer e dominar os elementos nos quais vivenciam. Os peixes aprendem no meio aquático, os pássaros, no aereo e terrestre, e os animais terrícolas, com a terra, os minerais e vegetais. E todos os reinos e seres compartilham as bênçãos da água. E a diversidade continua a ser testada e experienciada, aperfeiçoando os mecanismos, para realizar o que é essencial para a sobrevivência, ou seja, para a manutenção e evolução da vida. Isto exige cada vez mais o desenvolver de um centro de comando, organizador das necessidades materiais do ser, tanto internas como em relação ao meio. Desta forma os animais vão se especializando, gerando os órgãos dos sentidos, sensíveis ao que acontece ao seu redor, movidos pela necessidade de se alimentar, beber, descansar. E isto vai exigindo do cérebro primário a evolução, melhores habilidades para a percepção e decodificação dos estímulos. E aos poucos vão se diferenciando, alguns mais adaptados que outros ao meio onde sobrevivem e outros mais inquietos, movidos pelo impulso de algo no seu interior, que é esperto e aventureiro, que não se conforma com limites, e através das exigências deste impulso,gera um cérebro cada vez mais capaz de perceber,sentir, interpretar, e comandar mais fatos. Aos poucos este Ser, aprende a caminhar sobre duas pernas, a dominar o fogo, fabricar ferramentas, a viver e caçar em grupo, a cultivar, a construir moradias, e acaba por gerar toda uma civilização. Mas este Ser, ainda é movido pelo cérebro, pelos impulsos de sobrevivência, apenas mais elaborados pelo desenvolvimento da imaginação e pela noção do alcance de suas ações mais imediatas E por séculos o Homem aprende a pensar, a vislumbrar uma consciência, a fazer escolhas. E se ilude,crê que assumiu o destino em suas próprias mãos, e vai se desconectando daquele impulso irrequieto que o levou a ser o que é.E a ilusão se materializa em um ser movido pelo impulso mental, cheio de necessidades e valores que tem que ser seguidos, pois senão será punido, e o Homem desaprende a ser feliz.Começa a acreditar que felicidade tem que ser conquistada, um mérito, que ela é impermanente, fugaz, o que é uma grande ilusão que a mente gerou, como mecanismo motriz substituto. Aquilo que nos impulsionava no passado, vivia não na mente primitiva, mas no peito, na força, na ação, no destemor, ou seja, na alma, no Espírito que se aninhava em nosso coração (ou será que somos nós que nos aninhamos em seus braços?) A alma é a verdadeira geratriz de nossa vida, é a sede de nossos sensos, do sentir, da escolha é bom ou é ruim, se devemos ir em frente ou desviamos. Mas ela não tem uma razão, só tem senso, então é pura, sabia,sem dramas,pois não gera discursos, ou melhor nem fala, sem moralidade aprendida- E apenas o que é – senso, e é feliz.Quem tem razões ,cria cenários, dramatizações, teatralizações, responsabilidades e por conseqüência culpas, magoas, raiva e plasma feridas, cicatrizes, doenças não é a alma, e sim a mente. Mas como nós nos esquecemos do que é Ser Alma, nos iludimos com os discursos da mente, nos tornamos dependentes dela, ao invés de seus gestores, e como animais agimos automaticamente pelos condicionamentos, e perdemos assim a lucidez. Pela mente sabemos onde estamos, o que azemos, como nos movemos e vivemos (?). Mas, vivemos mesmo ou sobrevivemos? Onde esta a nossa consciência? Esta na superficialidade do que o meio nos transmite, reagindo simplesmente? Agimos na inconsciência do aprendizado passado a nos pela sociedade, pelo mundo exterior? Será que somos lúcidos e tomamos consciência do porque de cada ato que realizamos, de cada fato que nos chega, como o faz, com que energia e intenção? Será que estamos presentes, inteiros naquilo que realizamos, em nossas escolhas, ou será que é a mente que nos move, instintivamente? Uma forma de testar se estamos vivendo na mente ou com a alma é observarmos _ O que eu sinto neste local, com o fato, o ato, a pessoa? Qual é o senso que me desperta?Se apenas a mente se manifestar você ouvirá vozes, cheias de argumentação, de razões e justificativas. E se prestar atenção de onde esta voz vem, provavelmente terá uma surpresa – Ela vem de fora de você, você a ouve com os ouvidos... Mas de fora, como, você se perguntará... Mas se lembrarmos que pensamento é energia, e energia tem movimento, tem campo de atuação, e, portanto tem materialidade, então poderá concluir que pensamento gera formas pensamentos, que tem materialidade, conteúdo e se muito alimentada, um tipo de consciência própria, ou mesmo personalidade, e que vaio se encaixando em nosso campo áurico, e é de lá que elas se manifestam, pressionam a cabeça, o peito, e como um polvo com tentáculos se irradiam por todo o corpo, nos paralisando se não fazemos o que elas determinam... pois elas obedecem um comando que nos lhe demos quando as geramos, lhes demos vida.... E se prestarmos atenção ao tom da voz, ao linguajar, até poderemos identificar de quem absorvemos e validamos aquela forma de pensar, alguém que foi importante na formação de nossa estrutura de crenças. E se tem voz, tem razão, lógica é oriunda da mente em comando. A alma se manifesta com sensações, com o sentir, a sensibilidade aliada aos sensos. Ela não fala, não argumenta, não cria dramas, culpas, pois para ela não existe passado nem futuro – Ela apenas É, pois é essência, o todo e o tudo... Mas o que você sente no seu peito... Ele esta preenchido, ou lá existe apenas um espaço vazio, onde a alma deveria estar aninhada?Se você sente solidão lá, ela deve estar ausente. Mas será que ela não esta presente na sua vida, ou é você que não esta lúcido, consciente, vivendo o seu presente?Será que o que separa você dela é o tempo, pois você vive outro momento? Que tal você mudar o teu foco de atenção deste mundo mental, das idéias, da imaginação, e conectar a mente como por um fio, o seu coração, à sua alma, e deixar que através dela, dos sensos, teus passos sejam direcionados, e sua mente gerenciada? Talvez neste momento, você descubra que a Felicidade é natural, faz parte do que se é, não é uma conquista, pois tudo que precisa ser conquistado, poderá ser perdido. Mas que já faz parte da sua essência, que não pode ser separada de você, sem que você mesmo a separe... e fazemos isto sempre que damos o nosso poder ao mundo, aos outros que cremos serem melhores que nós, através da atuação de nossas formas pensamento, que nossa mente física produz e que reveste nossa aura, nos tornando desconectados de nosso próprio Espírito, essência interior, pois a pressão externa nos distrai do Universo que somos, presente em nosso peito, do deus em nos. Estejamos Conscientes, Lúcidos e Presentes em tudo a cada segundo. Sejamos como os peixes, que aprenderam a dominar o mar. por mais revolto que ele esteja, o peixe é o condutor de seu caminho, não é um joguete da força das águas, pois ele compreende e convive com o meio... Ele é parte do meio, não se ilude que ele esta acima, ou fora dele, como nos o fazemos quando queremos controlar nossa vida... Quem controla é a mente... A alma Confia, tem Fé.

Nova Percepção Consciencial

Será que você já observou que em cada época onde houve grandes avanços tecnológicos, houve atrás do mesmo, mentes capazes de se desapegar do velho, do comum, do que era tido como sabedoria e verdades aceitas como modo de viver correto, e quebraram as barreiras de seus próprios paradigmas e ousaram a fazer diferente, testar novas formas de realizar velhas atividades? O que fazia destas mentes, que passaram para a historia, deixando sua marca, diferentes da massa da sociedade? Eles pensavam, sentiam diferente, se aceitavam e tinham a coragem de ser únicos, de contatar, e se conectar com a própria essência, mais do que se importar com a opinião alheia... e eram originais... Você já se observou? Já percebeu quantas pessoas existem dentro de você mesmo? Que você não é uma única pessoa, que dentro de você tem vários EUs? Vamos olhar para estes EUs, com calma. Todos consideraram o que nossa mente física, como o centro de nossa consciência, dos pensamentos, mas será que é mesmo? O nosso Eu mental conhecemos bem, e seguimos a máxima: “Se eu Penso, Logo Existo”. Para a maioria das pessoas, é ele o patrão, o mandachuva, aquele que dita as regras das mínimas ações do dia a dia, e age como juiz, e nos condena quando não fazemos o que ele determina. E aos poucos, o Eu mental fica sobrecarregado com tanta coisa para administrar, e vai contratando auxiliares, e formando varias formas pensamento, as quais da materialização energética, e com comando determinado, adquire até mesmo uma personalidade, uma consciência focada no seu objetivo. E ai nascem os Eu com papel do Juiz, da vitima, o coitadinho, o conformado, o bonzinho, entre muitos que atuam na peça de teatro que se torna nossa mente... Estas formas pensamento adquirem vida própria e começam a ter voz forte na nossa cabeça, agindo como grilos falantes, umas no papel de advogado do anjo ( a nosso favor), outras no de diabo ( o do contra...). E elas começam a nos enlouquecer, gerando neuroses. Mas será que apenas o EU mental que pode nos direcionar?A quem cabe decidir as disputas entre as vozes anjo e diabo, ambos representantes de lados de escolhas a serem feitas pelo livre arbítrio? Olhemos então, a outro Eu que tem profundo impacto e voz ativa na nossa vida, que tem a responsabilidade de não ser mais apenas uma voz, mas um verdadeiro estimulo, o nosso lado instintivo, que nos movimenta para a sobrevivência, pessoal e como espécie – o Eu Básico. Você já percebeu que além do impulso de alimentação, de manutenção, ele é o responsável por nos apaixonarmos, que escolhe com quem realizaremos trocas afetivas, dizendo quem te atrae e quem te causa repulsa. Você pode achar uma pessoa que intelectualmente é uma pessoa maravilhosa, que tem tudo a ver com você, poderia ser a sua “metade ou alma gêmea”...mas se o Eu básico dizer que não, ela não terá química, atração, e só poderá ser uma boa amizade, pois teu corpo rejeitará o toque dela.... Agora então temos mais uma voz na disputas... as mentais que argumentam e as instintivas, que nem argumentam, ou elas querem ou repudiam... E além destas vozes, temos outras, a das inteligências internas, autônomas, silenciosas, que regem nossos sistemas orgânicos de manutenção do corpo, pequenos Eus, que normalmente nem tomamos consciência deles quando em equilíbrio, mas quando entram em desequilíbrio, ao tentarem chamar a atenção da consciência para serem atendidos nas necessidades, se tornam vozes extremamente diretivas. Quem é que não para tudo quando esta com dor intensa? E nesta confusão, se você observar seu corpo, perceba que nele existe um ponto que se aperta, sente opressão, dói, chora o teu peito, e nele existe algo que se abstêm de entrar no conflito, e às vezes não o suporta, e acaba fugindo, se refugiando fora da materialidade, indo para o mundo espiritual, deitar no colo do quarto Eu, o Eu maior. Mas quem é este Eu que se aloja no peito, que tenta conciliar as outras vozes, podendo retirá-las do comando, do conflito, e sentá-las em torno de uma mesa redonda, e assumir as rédeas do conjunto, como um bom diretor, gerando a harmonia, a paz, exercendo a ciência da paz – a paciência? È nossa querida amiga Alma. Você tem se observado, e percebido se ela esta presente no teu peito? Tem conversado com ela, e parado para ouvi-la? Quando você a chama, você ouve uma resposta? E percebe que esta resposta não é um discurso, mas simples frase concisa, ou é uma sensação?e que esta voz, não vem de fora da cabeça, mas nasce dentro dela, na zona anímica? Isto se ela ainda não fugiu, abdicando do cargo de gestora do teu Universo... Mas reencontrá-la é fácil, basta você fazer uma viagem dentro de você, pelo tempo e espaço, e ir visitar o melhor momento da sua vida, onde você era inteiramente feliz, mas não só com a mente, se transporte para ele, e sinta todas as sensações vividas. e se observe... o que lá, naquele momento precioso, estava diferente com você do que você é hoje? Como estavam as vozes dos Eus mental, instintivos, das inteligências orgânicas e do mundo externo? Será que alguma delas existia, estava presente neste momento de êxtase supremo? É bem provável que você perceba o total silencio interno, e mesmo o externo era apenas observado, em total reverencia ao seu verdadeiro mestre – a sua alma, que se encontrava neste momento em estado de plenitude, em outro estado consciencial. É este o estado que buscamos quando desejamos a espiritualidade – uma nova consciência, descobrindo que não somos o que pensamos, sentimos, fazemos, o que achamos que somos. Estas vozes morrem junto com o corpo. Na realidade somos aquele que as observa, em todas suas ações. E ai percebemos que é estar na Alma que é viver espiritualmente realmente, as demais só buscam a sobrevivência da manifestação, coletando experiências. Para a alma, não existem dramas, conflitos, necessidade de aprovação do meio- quem precisa disto é o Eu Mental. A alma apenas sente, ela é o que é não tem moralidade, tem senso. É o Animo (de Animus- alma), ela não precisa de esforço para se manifestar, é motivação, vontade, plenitude, integridade, e quanto estamos nela às coisas fluem facilmente, como mágica... Para a alma só é valido o que faz sentido, e esta é a medida – se o que você esta fazendo esta sendo direcionado com facilidade, naturalidade, esta no seu sentido, e quando quem esta no comando é a alma, as situações caóticas mudam para melhor, e a vida simplesmente flui, prospera e feliz... Mas se aquilo que você deseja, precisa de muito esforço, de se obrigar, precisa controlar, gera desgaste, é porque a alma não esta a favor, que quem esta no comando é algum dos outros Eus... Então se pergunte – eu sou escravo das formas pensamentos que eu gerei a partir da mente, ou do meu instintivo?Quando vou permitir que meu Eu verdadeiro, a alma, assuma o comando da minha existência? Será que me foi permitido encarnar para me tornar agradável ao mundo, ou será que foi para aprender em um mundo caótico, a agradar e preservar a minha própria essência? E será que se for capaz de fazer isto neste planeta, serei capaz então de manter minha integridade em qualquer lugar do Universo? Lembremos também, que mesmo a alma ainda é um Eu individualizado, mas ligada a um Eu maior, que é nosso espírito, nossa essência, receptáculo de todas nossas existências e aprendizados. Se nem nos percebemos da presença da alma que vive no nosso peito,então são pouco os que percebem e conversam com este Eu , pois estamos envoltos em uma atmosfera psico energética caótica. Podemos acessar este Eu superior, mas apenas através da amiga alma, quando ela esta no comando, em plenitude... ou seja, se estivermos em um estado de consciência amplificado. É o Espírito, ou eu capaz de administrar centenas de informações, e organizá-las em uma forma coerente, com clareza quase mágica, que em estado de consciência normal, nossa mente nunca seria capaz de fazê-lo. Muitos de vocês acessam a este estado, mas por crença de que são limitados, se sentindo incapazes de tão belo conhecimento e lucidez, acabam gerando uma imagem simbólica que representa este contato, uma forma pensamento, com nome, personalidade, e preferem colocar no texto, ao invés de assumi-lo como seu, escrito em um novo estado consciencial, que por mérito você alcançou, como sendo deste amigo espiritual. Ele realmente é um amigo espiritual, o mais caro entre eles, o seu único mentor que esta com você 24h/7dias por semana, o único que tem pela compaixão e aceitação por você, te ama do jeitinho que você é. (É obvio, que quando vocês atingem este estado, também poderão trocar compartilhar, conhecimento com verdadeiros amigos espirituais, consciências de outros planos, da mesma forma que o fazem na matéria, mas apenas o que consideramos neste texto, é a conexão que você mesmo é capaz de realizar com o seu próprio espírito.) Então se torne observador de você mesmo, e em cada situação identifique que é o teu EU que esta em comando, se você toma decisões e age por condicionamento, na inconsciência, ou conscientemente do porque e das conseqüências das mesmas? Perceba onde esta a alma, e o que ela deseja, e se ela quem comanda a vivencia terrena. Se pergunte até quando ira obedecer cegamente a ordens de subalternos como o ego, o instinto, que não tem a percepção da visão, objetivos e missão de minha manifestação neste corpo? E como temos o habito, de nos tornarmos uma voz de orientação na vida de quem convive conosco, percebamos quem de nossas vozes esta falando... e tenhamos a consciência de que se não for a voz da alma, do espírito, a que não julga, pois é amor puro, estamos sendo parciais, levando ao outro as nossas vozes internas, verdades parciais e pessoais, e tenhamos a consciência que minha verdade não é a verdade do outro, o que funciona para mim, pode não funcionar para ele. Sejamos humildes, e não deixemos o Ego interferir no seu livre arbítrio e percebamos que apenas aqueles que estão em contato com sua alma, com sua essência, e viajam com seu próprio espírito, tem as ferramentas para ajudar outras pessoas a encontrarem com a sua própria essência, pois se não soubermos o caminho de nossa própria, como poderemos indicar o caminho para outros? Então, na realidade cada um deve buscar o xamã dentro de si, e despertar em si, sua capacidade de voar a outros mundos, falar com objetos, animais, consciências de vários planos, o que só é possível para aquele que viaja com o próprio Espírito, e para poder fazê-lo precisa primeiro despertar em si a sabedoria de como conectá-lo... ou seja, se religar a sua própria divindade...

Que semelhança temos com o avestruz?


Você já observou de perto um avestruz?Percebeu como ele é curioso, e não tem medo, aparentemente de nada, quando você se aproxima de sua cerca?Mas existe um mito, que o avestruz quando esta com medo, esconde sua cabeça na terra, como proteção. E nós prontamente achamos o avestruz um animal tolo... afinal todo o corpo dele esta a mostra, a mercê do seu predador. Será que este mito é verdadeiro? E se for, o que nos ensina?Mas será que na mente do avestruz, quando ele esconde a cabeça, ele deixa de ver a ameaça, então será que na crença dele, aquilo que ele não vê não o ameaça?E como, nós humanos, muito mais inteligentes (?) nos comportamos em nossa vida?Quantas coisas nos recusamos a perceber apenas porque é mais seguro em nosso caminhar?E aos poucos, a criança que não tinha medo de nada, era tão ousada que chegava a colocar a sobrevivência em perigo, foram aprendendo de seus pais, e da sociedade, os limites do que era "seguro", ou seja, foi sendo treinada para colocar a cabeça na terra... literalmente, aprendeu que apenas aquilo que vejo, toco, sinto é real, e que tudo que não controlo é perigoso.E com isto, a criança começa a perder seus dons mais preciosos - a sensibilidade, a intuição, a confiança em si, e os substitui pelo medo. Não o medo instintivo, tão necessário à sobrevivência na matéria, mas um medo aprendido, psicoastral, gerando uma serie de formas pensamento limitadoras... e elas criam uma "personalidade" tão sólida, que passam a comandar nossa vida.E uma da atuação mais forte delas é reduzir nossa sensibilidade ao que acontece a nossa volta, e que aprendemos que não é seguro, ou real. E aos poucos as habilidades trazidas pelo espírito quando se manifesta, vão sendo ignoradas pela mente, e deixamos de nos projetar durante o sono, de termos intuições, de conversarmos e ver os amiguinhos invisíveis, pois aprendemos que isto não é possível. Depois conforme crescemos, o ser diferentes na escola, nos submete a situações constrangedoras, e para sermos aceitos, novamente colocamos nossa cabeça na areai, e fechamos ainda mais nossa sensibilidade ao que não é perceptível pela maioria, que também sofreu este processo de endurecimento. E de repente nossa sensibilidade se limita ao que nossa pele é capaz de sentir, nossos olhos de ver, os ouvidos são treinados a só ouvir o que todos ouvem... Neste momento passamos a crer que somos um corpo com 5 órgãos de sentidos, que esta ligado a um espírito, e deixamos de nós ver como um espírito manifesto em um corpo, mas que este corpo é apenas uma parte nossa, e que somos capazes de sentir muito mais que o que ele percebe? Durante nossa vida, vamos amarrando nossa sensibilidade, a ponto de esquecermos que ela existe além dos limites da pele. Além deste treinamento para que deixemos de acreditar em nossa sensibilidade, perdendo a conexão com algo maior, também em determinados momentos, nós mesmos damos comandos intensos para que nos fechemos ao mundo. Em momentos de dor intensa, de perdas, onde vivemos algo que pode ser representado como fundo de poço, onde parece que estamos totalmente sós, e sem a força, motivação para buscar novos caminhos, como se neste momento realmente estivéssemos desconectados de tudo, apenas nossa dor é real, momento este que é chamado de noite negra da alma, pois ela se perde aparentemente da manifestação. Se ouve muito o ditado que Deus não dá a ninguém uma carga maior do que é capaz de suportar, mas isto é real? Ou nosso corpo, para manter sua integridade, e a sobrevivência criou mecanismos para que não ultrapassemos o limiar da dor que podemos lidar?Quem já passou pela noite negra, ao menos uma vez, sabe que chega uma hora, que inconcientizamos os fatos geradores da dor, como se os apagássemos da memória, e algo dentro de nós nos leva a olharmos para algo além, até sairmos deste buraco, e continuarmos a viver. Mas o que aconteceu com toda dor, todo conteúdo energético ligado a ela, toda a estória, que naquele momento para manter nossa lucidez, para não enlouquecer, não desistir da vida, se colocou num arquivo fechado a sete chaves?E o que houve com todos os comandos que demos a nosso corpo para não sentir a dor, de fecharmos nossa sensibilidade de forma a não termos que lidar com a dor, pois naquele momento não tínhamos a maturidade espiritual, a força necessária para isto? Se você observar bem seu corpo, seu processo, após a saída da noite negra, sua sensibilidade ficou restrita ao comando de não sentir mais aquela dor, de não mais se colocar em situações similares que podem gerar o mesmo trauma. Mas como desejamos acima de tudo esquecer da noite negra, todo conteúdo que não lidamos de forma adequada, continua lá. Alimentando os comandos de não sentir, não perceber o mundo como ele é, e isto nos limita o desenvolvimento de potenciais. É como se naquele momento de muita dor, gerássemos uma copia nossa, uma parte, que ficasse paralisada no tempo-espaço, onde toda dor, toda a estória, estivesse arquivada, a espera que em um momento que estivéssemos mais fortes, fossemos busca-la e cuidar desta parte com amor e carinho, pois sem ela não estamos íntegros, e ela funciona como um ponto de vazamento de energia, pois ela atua como um ponto de cristalização, onde a energia não flui em nosso campo aurico. Então a única forma de desprogramarmos os comandos de limitar nossa sensibilidade, para não sentirmos mais dor que a que éramos capazes de lidar, e resgatar esta nossa parte, é voltarmos a ela, e deixarmos a energia que a alimenta se escoar, desfazendo a cristalização, e refazendo nossa grade energética. A psicanálise, afirma que para escoar esta energia é necessário se reviver a situação em detalhes, e sentir a dor novamente. Mas existem outras formas de se lidar com este conteúdo, menos aceitas, que permitem trazer a consciência o processo, e através da compreensão, com o olhar da maturidade atual, ressignificar o acontecido, trabalhando a compreensão, o autoperdão e a redenção. Nestes processos pode-se através de praticas bioenergéticas, se extravasar o conteúdo, mesmo pelo choro que ficou retido na época, dissolvendo a energia, sem a necessidade de reviver detalhes, mas atualizando o acontecido, com o entendimento que era o que na época éramos capazes de fazer, o que sabíamos, e que o aprendizado tem sua valia. Mas que vantagens terei para que for mexer em algo que já faz parte do passado, superado, neste conteúdo energético, e voltar a entrar em contato que desejo esquecer?Porque ao fecharmos nossa sensibilidade, também fechamos o acesso aos potenciais que ainda aguardam ser desenvolvidos. Ao treinarmos nosso inconsciente, nosso lado sombra, que não permite que acessemos o que não somos capazes de lidar, de compreender, ou controlar . Ao nos fecharmos em uma zona de conforto estreita, perdemos a oportunidade de evoluir, com novas habilidades. Então, se torna importante removermos as cristalizações, que bloqueiam nosso fluxo energético, e penetrarmos em nosso inconsciente, dessamarando nosso corpo dos comandos de não sentir, ver, ouvir, de perceber algo que em certo momento não tínhamos condições de lidar, por serem muito doloridas, acima de nossa capacidade de lucidez, levando a luz da consciência a seus conteúdos, exaurindo a energia contida neste registro, e através de ressignificação, retirar das mesmas seu conteúdo emocional limitador. Mas temos que lembrar que desejar liberar nossa sensibilidade, não inclui apenas os dons que nos espiritualizam, mas também permitir que o corpo manifeste as emoções instintivas, as forças motrizes da realização, como a agressividade, raiva, competitividade, que em seu lado positivo nós fornecem impulsos para reagirmos as que é negativo, e ampliarmos nossa zona de conforto.Realmente somos como o avestruz, cremos que ao enterrarmos nossa cabeça na areia do que é confortável a nossa consciência, evitando olhar as dores represadas, bloqueando nossa capacidade de sensibilidade ao não físico, esquecemos que todo nosso "corpo" ainda fica exposto ao meio, e esquecemos que em nosso inconsciente não estão apenas os traumas, mas sim todos os aprendizados, habilidades potenciais, que só aguardam ser descobertos.Devemos ter a coragem de trabalhar nossa insensibilidade, a inconsciência de que o Espírito que se manifesta no corpo, pode se expandir para além do limite da pele, até o infinito, e em espírito somos capazes de sentir, perceber tudo que existe no Universo, para ser vivenciado...que nos limita é apenas os comandos que damos de fechar nossa sensibilidade apenas aos sentidos do corpo, derivadas das nossas crenças,esquecendo que nossa maior parte, a espiritual, esta de fora da areia.....