quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A Lagarta e a Borboleta


Nosso tempo de vida é muito maior que o dos insetos, e, portanto podemos aprender com eles, e através deles.
Vejamos a vida de uma lagarta e nós coloquemos no lugar dela.
A única realidade que existe a ela, é a de ser um animal rastejante, que se alimenta de folhas, que tem um mundo muito pequeno, às vezes uma única planta, ou alguns metros quadrados de liberdade. Vive para se alimentar.
Percebe pousar na planta onde esta a borboleta, a admira, mas para ela, este ser é um completo estranho.
Percebe o casulo, e só identifica que não é alimento, mas não percebe nenhuma relação do mesmo consigo.
Apenas identifica suas irmãs lagartas, e disputa com as mesmas o alimento.
Para ela o mundo se restringe em lagartas, e planta... Não pensa sobre sua missão, seu destino, e sobre o que ocorrerá após a morte. Ou mesmo, será que ela tem noção de ser perene?
Mesmo no momento que o instinto a faz começar a tecer seu casulo, e penetrar no mesmo, não tem a noção do porque o faz, e qual seu objetivo. Só percebe que seu instinto lhe leva a tecer o casulo. Para a lagarta, ela esta tecendo sua câmara mortuária. E todas as lagartas têm o mesmo instinto, no mesmo momento, sem saber quem lhes comanda.
Passado um tempo, o casulo se rompe, e a lagarta não esta mais ali, mas aos poucos surge um Ser totalmente diferente, que inicia a abrir, também por que são seu instinto, suas asas, e espera que elas sequem, se fortaleçam, e algo interno a borboleta, sabe que ela não mais é um ser rastejante, mas totalmente capaz de voar.

Mas, para nós, que temos mais tempo de existência, e observamos o processo todo da borboleta, seu processo, percebemos que apenas o mesmo Espírito estava neste Ser, que ele teve 3 existências sob nosso olhar, antes da borboleta realmente morrer, a vida como lagarta, como casulo, e como borboleta, que deu origem a novas lagartas, se multiplicando, ou seja, gerando novos seres que se apresentam para a experiência.

Porém, como será que um Ser cujo tempo de vida, o nosso ponto de vista seja eterno, percebe nossa existência?
Será que ao acompanhar nosso processo de evolução, como observador, não no plano material, mas em um plano que ele nós observe a partir de nossa essência, de nosso espírito, ele não seria capaz de compreender que, considerando a linha do tempo linear, já passamos pela experiência de sermos apenas átomos, aprendemos a nós unir a outros átomos gerando substancias, e aos poucos aprendemos a transformar substancias em células, e estas em vegetais, vírus, bactérias, animais policelulares, invertebrados, vertebrados do mais simples ao mais complexo, mamíferos, e depois hominais.
Percebeu que durante nossos processos de criar, viver, sumir, evoluir, na matéria, fomos assumindo cada vez mais controle de nosso conjunto celular, que partes nossas permaneceram experienciando a vivencia do reino mineral, outra no vegetal, outras nos animais. E dentre estes, a vivencia incluiu a experienciação de todos os ambientes disponíveis no planeta, e que formas eram mais adequadas para viver na água, na terra e no ar, quais as ferramentas que esta essência teria que desenvolver para sobreviver funcionalmente no meio onde vive.
Este Ser Eterno percebe em todos, estas vivencias, tendo atrás delas um mesmo Espírito Único, o mesmo, assim como nós percebemos na lagarta, casulo e borboleta.
Se nós entrarmos neste olhar deste Ser, perceberíamos que cada coisa colocada neste planeta, e ele próprio são partes de nosso espírito, e que cada átomo faz parte do mesmo organismo, assim como percebemos nossas células como partes nossas, apesar de que seu tempo de vida é pequeno. Entenderíamos que não existe fora e dentro do corpo, nós e o mundo, aspectos do mesmo espírito, onde só muda o que a consciência esta observando.
Somos como a lagarta que não consegue ver seus próximos passos evolutivos, e por isto teme o futuro, resiste ao mesmo, porque, nós nos desconectamos desta essência, que ensina a lagarta aceitar seu processo de tecer o casulo como natural, porque passamos a crer que podemos controlar o mundo, como se ele não fosse parte nossa, e negativamos nossa mente, contaminando a com o veneno do medo, da insegurança, da falta de fé em si mesmo. Nós saímos do fluxo natural, e por isto sofremos, pois a Natureza nos obriga a voltar ao fluxo.
Podemos aprender com a lagarta a confiar que existe um espírito dentro dela que sabe o porquê tecer e entrar no casulo. Quem sabe o que renascerá do que acreditamos ser a vivencia como humanos? Mais cedo ou mais tarde nós tornaremos algum destes seres que admiramos hoje como superiores a nós, seja apenas nossa próxima etapa evolutiva...


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Alquimista




Ser um alquimista é ser estudante da química divina.
É compreender como o Criador gerou a matéria, e os princípios que determinou para a sua ordenação.
É aprender a ser co-criador no plano material, expert não só nos processos físico-químicos de laboratório, mas da vida.
Eis que descobre que o mundo, a vida, em si é o grande laboratório, construído pelo Grande Arquiteto para operarmos e ensaiarmos.
Eis a oportunidade de transcendermos, de alquimistas que lidam e dominam a materialidade, transmutando-a iaô incluir os seres viventes em seu estudo.
Aos poucos, o alquimista se descobre capaz também de transmutar almas.
Torna-se o agente de mudança, de cura da negatividade, do não funcional, para positivar e reintegralizar o Ser.
O Alquimista de Almas se torna um inversor de estados dissonantes, um ordenador.
Eis a verdadeira pedra filosofal, a fonte da juventude – o levar almas de baixa lucidez, densas e frágeis como o chumbo, para estado onde se tornam belas, brilhantes, com valor e adaptáveis como o ouro.
As ajuda a sair de seres limitados e perenes a se descobrir como Espíritos eternos, com o vigor da juventude permanente.
O verdadeiro alquimista usa seu conhecimento das operações materiais e energéticas para tocar almas de seus irmãos.
É função primaz de o alquimista despertar o estado espiritual do que toca, seja dos reinos mineral, vegetal, animal e até mesmo hominal, e porque não, aquilo que transcende sua percepção limitada pela fisicalidade.
Mas o primeiro que o alquimista deve despertar é a sua própria essência, em vários aspectos, na materialidade, no emocional, no astral, mental, espiritual, divino, curando cada uma das suas entidades internas do veneno que lhe limitam, principalmente o venenos da negatividade, do medo, e da necessidade de segurança, que é ilusória em um mundo em constate transformação.
Eis o desafio do alquimista de almas – Despertar a si mesmo, e lembrar que a alquimia é a arte da simplicidade, vindo do ato de observar e comparar, afinal o que esta em cima esta em baixo, o que esta fora esta dentro, e, portanto seu principal laboratório de trabalho é seu próprio mundo interior.

Caminhar




No caminhar deve haver Esperança de um objetivo alcançar;
E a lucidez de qual é nosso objetivo.
Foco no destino para iluminá-lo.
Compreensão da importância do caminho.
Esperança, na qual se encontra a força para levar um passo a frente do anterior.
A seqüência de passos com a consciência de cada flor, pedra;
De cada Ser dos reinos mineral, vegetal, animal e humano que vem abençoar nosso caminhar.
Uns caminharão a nosso lado por algum tempo, outros só cruzam rapidamente a trilha, mas deixam sua marca.
Porém, outros afetam nosso caminho, nós levando a parar, ou mesmo retornar por um momento.
Ou mesmo nós levam a mudar totalmente de caminho, rever nosso destino.
Todos são bênçãos pelo que nos trazem no aprendizado, sejam flores a perfumar ou pedras que ferem os pés.
Todos nós conduzirão a nosso destino, pois o que mais importa é o caminho e não a chegada.
Pois todos os momentos são de chegada e são de partida.
E todos os caminhos levam ao mesmo lugar – a você mesmo.

Juiz Interno




Na vida entramos em contato com inúmeras informações, e aos poucos, conforme nossas experiências, algumas se tornam verdadeiras para nós, outras são descartadas. Construímos uma estrutura de crenças que se torna nosso pilar de valores e crenças, com a força de um código de leis interno.
A partir deste código geramos nossa referencia de certo e errado – o que esta de acordo ou não com nossas leis internas. Nos momentos que realizamos uma ação que é contraria a estas leis, e suas conseqüências são negativas, nós nos colocamos como réus em nosso próprio tribunal da consciência. E invariavelmente nos condenamos e punimos.
E como não temos a consciência que este código de leis foi criado por nós mesmos, e que, portanto, podemos alterá-lo, sentimos como se fosse o mundo que nos julgasse, em sua parte mais respeitada por nós, o divino. E geramos a imagem de um Deus enérgico e punidor.
Com isto retiramos de nossas mãos a possibilidade de alterar esta estrutura e também nossa responsabilidade sobre a mesma. Transferimos então nosso poder ao Deus externo e ao mundo, colocando-nós no papel de réus.
E que juiz implacável geramos para nós, ele não dá nenhum valor ao que fazemos de bem, de funcional, as nossas vitórias e conquistas, a qualquer coisa que reforce nossa autoestima, nossa força interna.
Este juiz nos coloca como reféns de si, totalmente a mercê de seu julgamento, no qual não cabe advogado de defesa, apenas a promotoria, recursos em instancias superiores. É ele que destrói nossos conceitos de autovalor e busca nivelar ao quase nada, ao fracassado. Ele que em ação onde tivemos 99% de êxito, sabe apenas apontar onde houve a falha, o que poderia ter sido melhor.
O nosso código de leis, criado a principio para nós nortear, para servir de base sólida a nosso caminhar, perde-se em sua função e se torna prisão. A energia que gastamos para manter esta estrutura é enorme, pois geramos nela grades que nos cerceiam, amarras que tolhem a criatividade, os impulsos e temperamentos.
Este código vira o monstro que destrói o medico que o gerou.
Mas, podemos como médicos, corrigir a estrutura defeituosa, ao ressignificar nossas leis internas, as tornando mais maleáveis, libertadoras, funcionais, incentivadoras de nossa evolução.
Ao modificarmos nosso comando interno que só a perfeição é aceitável, o que é impossível para um individuo que foi gerado para aprender por tentativa e erro, para o de sermos caprichosos no que fazemos, no melhor de que somos capazes, do jeito que sabemos fazer, com a consciência de que ainda podemos e iremos falhar, pois a luz de nossa inteligência ainda não extirpou todas as sombras de ignorância que possuímos; de que errar é humano, faz parte do jogo e não nos cabe culpa e punição, mas sim o aprendizado que se somará a nossa sabedoria.
Portanto, podemos perceber, que o erro aumenta nossa luz e reduz nossa sombra no sentido de que cada engano aprendido, nós aproxima da capacidade de fazermos o correto.
Se for de cada tentativa e erro, que evoluímos, então porque nós nos julgamos tão severamente?
Se observarmos bem, as demais pessoas nem se apercebem de nossos enganos, ocupadas consigo mesmas, que o mundo não para tudo o que esta fazendo para nós julgar. Deus, então, que possui a responsabilidades de Universos, não irá nos focar com uma lupa... Ele tem mais o que fazer, e é para isto que gerou os princípios que nos regem...
Apenas o juiz que nós mesmos criamos dentro de nós o faz. È uma parte de nosso ser, que determinamos seguir o papel de juiz. Mas se formos capazes de compreender que os outros têm seu valor, mesmo tendo defeitos, cometendo enganos, e os amamos como são, porque não somos capazes de ter a mesma compreensão, complacência para conosco mesmos?
Retiremos este juiz de seu púlpito e o tragamos ao posto de um amigo, orientador, e que ele seja mais brando, corrigindo, aconselhando, ao invés de punir. Ensinando amorosamente, com paciência e com a plena fé de que sempre aprenderemos a sermos melhores do que hoje somos rumo à perfeição, oriunda da sabedoria que desejamos.