segunda-feira, 4 de julho de 2011

Nossa Família espiritual

Todos nós somos um Universo em si mesmo.
Recebemos de nossos antepassados, sua memória genética na forma de DNA, tanto físico quanto sutil.
Esta memória se encontra arquivada em cada uma de nossas células, e fazem que sejamos quem somos.
Assim, tudo aquilo que vivenciamos, seja neste momento, ou em outra época também faz parte de nossa sabedoria.
Para nosso Espírito, centelha divina eterna, não existe tempo e espaço, pois ele apenas é.
No angulo de visão d’ele, todas nossas vidas, sejam no planeta terra, ou em outros orbes ou dimensões, estão ocorrendo neste mesmo momento. Apenas como uma televisão aparenta para nos manifestos, que o único canal existente seja o que estamos sintonizados, nossa vida real atual. Mas na realidade, nesta fonte existem milhares de canais simultâneos, cada um com seu aprendizado, desenvolvendo potenciais diversos, e por gerenciamento de nosso espírito, as lições são interligadas, pois o objetivo d’ele é sempre encontrar uma forma melhor de se realizar um desafio. E através da vivencia de nosso espírito, Deus está experienciando e se expandindo.
Não nos percebemos que somos Deus se sentindo, de tão identificados que estamos com o corpo. Muitos de nós nem dão valor a vida física, outros se preocupam consigo mesmos, mas não se importam se o planeta em que vivemos agora seja destruído, outros, poucos ainda, percebem que Tudo é Um, todos somos células de Deus, apesar de que o ego nos dá a ilusão de sermos individualizados, Tudo é interligado, e se o Todo perder apenas uma de suas emanações deixará de ser o Todo, de ser integro.
Assim somos nós, estamos na ilusão que a nossa vida material é nosso foco, e sentimos que qualquer perda ocorrida neste plano, nos deixa mais pobres. Esquecemos que somos a materialização do pensamento de nosso espírito, que cada espírito é em si, a materialização da vontade do Todo.
Então, se fracassarmos, o Todo fracassa, e se o planeta ruir, também fracassamos como artífices que somos desta realidade. Esquecemos que como Deuses em manifestação, nosso pensamento e vontade tem o poder de lei atuando sobre nossa realidade. E que aquilo onde colocarmos nossa fé, nosso foco realizador, será o que será materializado como realidade. Estamos, nesta manifestação, enfrentando a possibilidade de mais uma vez, como civilização termos fracassado, e nem nos apercebemos que passamos 24 horas por dia considerando o mundo a nossa volta como hostil nos preparando para sua destruição, pois nos sentimos impotentes para mudar a realidade, e vivemos fazendo a partir de fatos dramas para o futuro. Não percebemos a quantidade de energia que emanamos para manifestar uma realidade não funcional, e que os raros momentos que deixamos nossa inconsciência, e desejamos com nossa mente que a realidade mude, não é capaz de anular nem ao menos a energia que nos mesmos colocamos na dramatização.
Esquecemos nosso poder de mudar instantaneamente a realidade, como centelhas divinas, pois não nos acreditamos capazes, pois nos cremos apenas um corpo a mercê do mundo, e não um espírito eterno, manifestação do Todo. Pois como Espírito somos apenas positividade, confiança, certeza que tudo esta correto, correndo como o programado para o aprendizado.
Mas no momento que percebermos que somos muito mais que esta realidade que percebemos, compreenderemos que podemos nos reconectar com nosso Espírito, e acessar através dele toda a sabedoria de nossas vidas anteriores, além das emanações geradas por cada decisão que tomamos, pois ao contrario do que cremos, a cada uma vivenciamos todas as possibilidades que se abrem na escolha.
E será no momento que o véu negro, que nos impede de perceber a maravilha do todo, for removido pela libertação de nossas estruturas de crenças limitantes, e nos entendermos como um com nosso espírito, e que nossa verdadeira família espiritual é a somatória de nossas partes emanadas no aprendizado por todo este Universo, independentemente de espaço-tempo, de dimensão, poderemos encontrar a iluminação, e finalmente nos reunirmos com nossas partes que já tomaram esta consciência da Unicidade, e entrarmos no circulo de proteção e guardiões das nossas partes que ainda não atingiram esta lucidez.
Quando uma de nossas partes se tornarem lúcida do Todo, e acreditar que ela tem todo potencial para através da sua vontade curar e iluminar as demais partes emanadas por seu espírito poderá ascender, como planeta, pois tudo e todos manifestos em Gaia somos apenas um, e, portanto ao atingirmos nossa consciência lúcida sobre nós estaremos curando a Gaia, levando a ela nosso equilíbrio e nossa ordem interna, e nos tornarmos canais do Divino se manifestando na terceira dimensão, canais que podemos ser se assim acreditarmos ser possível, através da nossa reconexão e conseqüente sabedoria das leis do Todo.
Se desejarmos salvar a Humanidade, o planeta, com toda sua diversidade e beleza, basta apenas curar a si mesmo, não como manifestação, mas como Espírito Eterno e Sábio, assumindo a responsabilidade sobre si mesmo e sua divindade.
Eis nossa busca – nos tornarmos Um, íntegros com todas nossas partes, lúcidos de nosso poder de criação.
E íntegros gerarmos uma nova realidade, onde tudo é mais funcional, ordenado, emanados pelo meu próprio estado interno.

Flores

De todos os corações brotam flores.
Todas são belas e exalam o perfume da esperança.
Mas a capacidade de cada um sentir o perfume emanado por seu próprio coração é que é pobre.
Olfato turvado pelas crenças dos próprios limites, da percepção deturpada de que o mundo é hostil, e por isto se encapsula o próprio coração em uma redoma impenetrável, defendendo-se de perigos que só existem em sua imaginação.
Então a flor ao ficar protegida pela redoma, não pode exalar seu perfume, alimentando o Ser e o mundo, e a esperança morre sem ao menos ter sido percebida.
Matamos as emanações de nosso coração tentando nos proteger da dor.
E geramos para nós próprios a mais profunda das dores, a da solidão, do auto abandono, e matamos nossa capacidade de realizar a missão de sermos flores que exalam e se manifestam ao mundo, gerando nele a beleza.
E nossa flor interna perde a função e morre.
Vamos olhar para a flor que ainda teima em florir no solo árido que lhe damos em nosso peito, e passemos a regá-la com amor, para que renasça a esperança, que derruba qualquer redoma de proteção por sua inutilidade, pois a mais bela flor não sofre ataques, não precisa ser defendida, apenas pede a permissão de realizar sua função – de perfumar a nossa vida.

Reflexão

Em um momento planetário, onde já se percebe que a civilização chegou a um ponto de insustentabilidade e total co-dependencia, já não nos preocupamos em sermos supridos diretamente por gaia, como seus filhos, tal como o fazem todos os demais reinos e espécies.
Tropeçamos em nosso orgulho e desaprendemos a sermos naturais.
Vemos nas plantas e flores sua beleza, mas não nós preocupamos em saber seu nome e as qualidades que possuem a nosso dispor.
E em um futuro provável, mas não certo, se estivermos em um local que nos faltem os recursos da civilização, os suprimentos básicos, como sobreviremos?
Sim, mas precisaremos saber plantar, cuidar, colher, mas mesmo isto hoje exige dependência, pois precisamos das sementes, mudas e ferramentas. E a colheita demorará alguns meses.
Nosso desafio é então sabermos reconhecer na Natureza o que já esta disponível para coleta para consumo imediato.
Que ironia seria pessoas altamente qualificadas, que passassem fome ao lado da Natureza, apenas por não saberem identificar os presentes que ela nos oferece graciosamente.
Perdemos o prazer de sugar o mel de uma flor, com medo de que ela seja tóxica, deixamos de comer folhas banhadas pelo orvalho, por não sermos capazes de reconhecer se são comestíveis.
É preciso que aqueles que desejam seguir o caminho de curar de forma natural sejam capazes, assim como o são os pajés, saber escolher e manipular cada planta a sua volta, obtendo das mesmas suas qualidades curativas, e lhes conservando a energia vital, pois apenas uma folha que nos doe seu espírito, sua essência, poderá nos alimentar energeticamente muito mais que meio quilo de alimento morto.
Eis o desafio para a sobrevivência pelas próprias habilidades, mesmo de mãos nuas, em momentos difíceis e ser úteis a sua comunidade- saber fazer muito com pouco ou nenhum recurso. Saber ensinar o que sabe, para que o conhecimento não se perca, e para isto, saber transformar seu próprio conhecimento em sabedoria.
E principalmente saber confiar em seu instinto, usando a intuição, se permitindo, que a própria Natureza nos oriente e que junto a ela, aprendamos a nos reconectar de forma funcional e voltemos a sermos capazes de realizar muito com quase nada, como o fazíamos em gerações anteriores.
Não é nas soluções sofisticadas que está o futuro da civilização, mas sim nas mais simples e naturais, em um retorno na integração com a Natureza.

O Aprendizado de um raio de sol

O sol, fonte de toda vida orgânica na Terra, sempre esta presente no céu, mesmo que encoberto e não vejamos.
Assim é a Sabedoria Universal, nossa conexão com o Divino Interior.
Quando o Sol se coloca no horizonte, chega pleno de Luz, mas apenas ao poucos, com delicadeza afasta as trevas. Se estivermos em uma mata e observarmos sua chegada, percebemos que primeiro banha as folhas altas, as copas e gentilmente seus raios penetram por entre os galhos. Se fossemos uma arvore, o sentiríamos como um leve calor que nos afasta do frio da noite.
E aos poucos, sua luz se divide em raios por passar por galhos, como se tímido pedisse permissão para tocar o solo. E ao observarmos seu caminhar, percebemos que existem vários caminhos para isto. Como os raios que o sol emite por entre as arvores, alguns são mais sólidos, mais luminosos, que banha varia arvores, cada uma na sua medida. Para algumas beija as raízes, sua sustentação, em outras o caule, mas por fim banha toda a arvore.
E ao lado deste raio-caminho, existem centenas de raios, que como outros caminhos se originam do Sol- sabedoria. Parecem que são caminhos distintos, mas tem a mesma fonte. E conforme o Sol sobe no horizonte de nossa vida, percebemos que todos os raios se unem, e que todos os caminhos se somam, trazendo a luz e em breve a mata antes escura se enche de luminosidade.
Podemos também seguir apenas um caminho ou vários, desde que visualizemos através dele que chegaremos ao nosso objetivo, à sabedoria, e devemos ter a confiança que no momento correto ela nós iluminará completamente.
Mas nunca poderemos esquecer que o raio de luz, por entre as arvores é só um efeito temporário de uma causa maior, assi9m como o caminho é só um recurso para acessarmos a reconexão.
Assim como as arvores anseiam pelo sol, nós ansiamos pela sabedoria, mas devemos estar prontos para nos banharmos nela, na nossa capacidade de absorção equilibrada, para evitar que nós nos queimemos sob sua influencia.
Assim como o sol tem sua medida correta, tocando cada planta como a Natureza a posicionou sabiamente para receber sua luz, precisamos nos posicionar perante a sabedoria para que ela não nos chegue nem em falta, nem em excesso.
A inteligência da vida, da Natureza, nos traz a sabedoria que somos capazes de ancorar, apesar de que todo seu potencial esteja disponível, apenas a absorvemos na medida de nossa capacidade de compreensão, e o quanto nos permitimos a acessar.
O seguir um caminho, um raio de sol, de lucidez, mais estruturado e intenso, nós permite o preparo para que no momento que estivermos devidamente preparados, sejamos capazes de ancorar lucidamente informações, de forma que elas deixem de ser conhecimento fragmentado para se tornar sabedoria integral.
Neste momento deixaremos de ser personagem ora manifesto, mas passaremos a incorporar nosso Espírito, fonte de toda nossa sabedoria, consciente e inconsciente, o nosso sol interior.

Um brinde a Felicidade

Nossa ânsia maior na vida é pelo momento em que pudermos nos considerar feliz.
Mas o que realmente será a felicidade?
Será que ela só será possível quando estivermos sem nenhum problema, já realizados profissional e afetivamente, com paz e harmonia interiores, a ponto de não termos mais tensões internas nos impulsionando a novos desafios?
Se considerarmos isto como felicidade, talvez seja como alguns dizem- felicidade não é para este mundo.
Enquanto vivermos na sociedade atual, sempre teremos desafios com nossos relacionamentos, vida profissional, anseios de novas conquistas, pois vida é movimento, é sempre estarmos colocando energias dos potenciais em movimento para que se concretizem.
Porém se modificarmos nosso conceito de felicidade, para o viver intensa e plenamente cada momento de nossa vida, lúcidos de que é uma oportunidade de aprendizado, e como é breve, devemos nos preencher do mesmo, sem dramas, medos, mas na confiança de que sempre somos capazes de nós sair bem, qualquer que seja o desafio que nos venha, e percebermos que felicidade é algo mais simples que supomos, não vem com fogos de artifícios para anunciá-la, pois ela já faz parte de nosso presente, apenas não temos a lucidez de que felicidade nada tem a ver com que o mundo nos traz, mas sim com nosso estado de espírito.
Se me mantenho em confiança em mim, na inteligência da vida que já me conduziu ate o momento, em paz interna, harmônico, centrado, percebo que Felicidade é um Estado do Ser, e que ela exige movimento, e, portanto não se restringe a momentos. Ou se É feliz ou não, ao invés do conceito de que Estou feliz ou não.
Felicidade é uma escolha; de todos os fatos de minha vida, existem cerca de 90% que fluem bem, e apenas 10% que se encontram disfuncionais. Se optarmos focar para o que esta disfuncional como prioritários na vida, perdemos o foco e gratidão pelo que já conquistei de funcionabilidade, e nos sentiremos ansiosos, tensionados e nos colocamos em dramas, sem saber se temos as forças necessárias para vencer o que não funciona.
Mas se nós focarmos em tudo de bom que já existe em minha vida, e utilizá-las como porto seguro, a partir do qual busco resolver o que ainda não está organizado, e encará-lo como desafios, oportunidades de aprendizado, como sendo aquilo que dá o colorido a nossa vida, perceberei o quanto já sou feliz, pelo que já vivi e venci.
Que cada dia, cada desafio, seja um brinde a felicidade, como no amanhecer, o sol vem nos brindar com sua luz vermelho dourada, nós chamando a vida e a lucidez de mais uma oportunidade de realizar, crescer, vencer, não ao mundo, mas a nós mesmos, a nossos dramas interiores, a nós mantermos na mesma paz e harmonia de quando contemplamos o raio de um novo dia ensolarado, que nos vitaliza.
Que cada dia seja um brinde a nós mesmos. Um brinde a felicidade, e que este se torne nosso estado natural de Ser.