quarta-feira, 21 de maio de 2014

Fluir

Toda dificuldade que encontramos na vida é apenas uma lição desta escola, onde estamos matriculados. Nosso arbítrio consciente ou inconsciente, escolhe como agiremos frente a ela. Podemos ficar paralisados, apenas olhando, com medo de se expor; podemos deixa-la para depois, mas as matérias seguintes precisaram da habilidade que seria desenvolvida nela, então se acumulam as dificuldades; podemos realiza-la superficialmente, apenas para “passar” na prova , e não absorver nada do aprendizado na consciência. Então a lição se reapresentará, até ser realmente aprendida. O rio corre, flui no sentido de seu destino, e em seu fluir encontrará pedras, enrosco, limitações, sendo projetado a um caminho especifico que lhe cabe neste momento. Haverá remansos, mas agua estagnada apodrece se não se renovar, ou terá pontos de descanso onde deixará sua carga decantar, para depois seguir mais leve. Em outros momentos, haverá pedras e terá que se precipitar em corredeiras, aumentando sua velocidade, evoluindo mais rápido em direção a seu destino. A pedra, por sua vez, ao receber a energia da agua que lhe toca e esculpe, não permite a formação de limo. Parte da agua segue veloz, mas com sabedoria , se afasta dos obstáculos, por apenas seguir o fluxo já aberto, não resistindo as limitações, convivendo com as mesmas e as supera tranquilamente. Somos como a agua, emocionalmente falando: Ora deixamos que o comodismo, o apego a zona de conforto conhecido, mesmo que ruim, e permanecemos estagnados e a vida nos deixa putrefando. Ora, vemos obstáculos que nós convém desviar à frente, e cismamos que temos que passar pelo mesmo, confrontando-o, lutando para destruí-lo de qualquer jeito, pois tem que ser do nosso jeito. E como a pedra exige muito esforço da agua para mudar de forma, ser esculpida, nos desgastamos desnecessariamente. Porém, podemos de forma sabia, buscar o caminho de menor esforço, de menor resistência, ou seja de fluxo mais livre, e percorreremos nossa trilha sem desgaste energético, ou seja deixamos que a vida nós conduza, abrindo mão do controle onde teimamos sobre o percurso a ser seguido. A cada passo deve se discernir quais são as possibilidades a nossa frente e realizar a escolha, ancorados apenas na presença no aqui e agora.

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