Na engenharia, todos os materiais utilizados em construção
são testados em sua resiliência, ou seja, sua capacidade de se manter íntegros
e inalterados frente ao atrito e tensões a que será submetido. Para tal se submete uma amostra do mesmo, ao
teste de tração, onde se mede seu limite de elasticidade e o limite de ruptura,
e o de deformação, que fica entre ode elasticidade e ruptura.
Se submete a amostra a várias tensões, por um período de
tempo, e se solta, verificando sua capacidade de retorno a estrutura anterior,
sem damos, e por quantas vezes, e obtemos sua resiliência naquela condições.
Chegamos até obter o início da deformação permanente, onde
foi submetido a primeira vez a uma certa tensão, e mesmo que liberado, não
retorna a estrutura anterior, havendo perda de sua integridade, danos, atinja
seu ponto de fadiga, de stress.
E também determinamos até que ponto podemos conduzir a
amostra até que ela rompa completamente.
Todo prédio depende na sua durabilidade de cada material
usado em sua construção, de forma a não ultrapassar o limite de elasticidade,
nem ser tão rígido que haja rompimento, por isto o uso de espaços para
dilatação, ou seja, que a elasticidade possa ocorrer, sem causar danos a estrutura.
Assim é a vida, no dia a dia, temos atritos com o meio, que
nos testam a capacidade de adaptação sem danos, nossa capacidade elástica, a tensão dura um pequeno
espaço- tempo, mas assim que acaba voltamos a nosso centro, sem danos.
E existem tensões que nem nos abalam, pois somos capazes de
lidar com elas sem nos afetar, pois nos tornamos resilientes, quase que
blindados, em geral, são eventos que há adquirimos uma boa capacidade de
resposta, onde nos sentimos seguros e no domínio dos possíveis evento.
Isto dentro de empresas é chamado de competência
profissional e extremamente procurado e valorizado.
Porém existem situações que nós expõe a tensões
mento-emocionais acima do nosso limite de elasticidade : as enfrentamos e
superamos, porém resultam em magoas, em desgastes mais ou menos permanentes, o
stress e proximidade a burnout.
Podemos chamar o ponto de ruptura como burn out, ou onde
algo de nós rompe, cinde de vez, onde perdemos integridade, e para nosso
conjunto sobreviver, jogamos para debaixo do tapete, encapsulado, um trauma que
gera um complexo neurótico, ou mesmo o expulsamos de nosso conjunto, para que o
Todo sobreviva, da mesma forma que nosso sistema imunológico trabalha para nos
manter vivos, apesar de haver algo nos atacando internamente.
Pois os traumas ocorridos que nos levam próximo ao ponto de
deformação permanente ou mesmo burnout, são par nosso sistema de integridade da
vida, algo a ser combatido, podendo gerar até doenças autoimunes, onde o corpo
começa a se destruir.
Mesmo os suicídios e a sensação de que está é a única saída,
em um momento de desespero, é como um material levado até o limite de ruptura.
A exposição a eventos que ultrapassam a capacidade do Ser em
se manter integro e pleno são tão fortes, que mesmo que pontuais, podem causar
o Burns out.
Mas o Ser Humano é uma máquina maravilhosa, existe algo
dentro dele, que o ensina a desenvolver e ampliar a cada dia, a cada tensão, um
novo limite de elasticidade, de resiliência, um pouco maior que o do dia
anterior.
Ele tem o arbítrio de mudar sua POSTURA INTERIOR a cada
momento e interferir positivamente ou negativamente, de forma que se torna mais
resistente às tensões que a vida lhe oferece, e coisas quem um dia lhe eram
quase sobre-humanos, aprende a lidar aponto de se tornarem confortáveis, e
naturais.
A criança cresce aprendendo a vencer os próprios limites
orgânicos, do bebe totalmente dependente, até fazer tudo por si mesmo,
adquirindo maestria, ou ao menos domínio motor, capacitando seu cérebro
reptiliano a manutenção de uma boa vida, autônomo à vontade da persona, pois é
responsável a sobrevivência, então não permite que se pare de respirar, mas um
nadador mantem por mais tempo sua apneia que uma pessoa comum, pois alterou seu
limite de elasticidade pulmonar.
Da mesma forma, aprende a lidar com suas emoções, e como
obter do meio o suprimento de suas necessidades, se tornando a cada dia mais
apto a sobrevivência e centrado, menos afeito a desequilíbrios emocionais (
desenvolvimento e capacitação do cérebro límbico).
E aprende a lidar com seus processos mentais concretos e abstratos, com sua mente
capaz de imaginação sem nenhum ancoramento na realidade, em eventos, o que nos
gera stress e burnout frutos do
imaginário e não do dia a dia. E uma mente descontrolada causa reflexos
no cérebro límbico, que por sua vez, joga seu stress para ação do cérebro
reptiliano, que precisa de algum jeito, parar o funcionamento enlouquecido do
neocortex.
Mudar o foco da atividade mental é uma das formas... surge
em nossa vida, um prioridade que faz com que a mente sossegue, em geral uma
doença, que tenta enraizar a mente na realidade.
Somos tal como uma corda de violão, se afinada, pode ser
tocada por muito tempo, porém se mantida em forte pressão, ela terá sua vida
útil reduzida, e produzira sons de harmônicos, fora do tom da música, e se
muito tensionada, poderá romper nos primeiros toques. Mas frouxa demais não
produz música, as vezes nem emite notas, de tão baba, sem tensão.
Vivermos com uma Postura Mental e Emocional de DOMINIO e não
de Controle, dentro de nosso limite de elasticidade confortável, onde os corpos
são capazes de se regenerarem completamente, e expandi-los dia a dia,
amplificando nossa CAPACIDADE de resiliência, de forma a não nos expormos a
situações que nos causem deformação permanente e danosa, que nos impede até
mesmo de termos o desempenho que anteriormente estava em nosso campo de
elasticidade, que nos fragiliza, a ponto de sucumbirmos a qualquer olhar torto,
e pode nos levar à ruptura, ou total, ou à perda de um fragmento de alma, que
carrega consigo algum dom e/ou talento , nos fragmentando, mesmo que este
permaneça em nós encapsulado, como vinculado à um trauma que envolve um
fragmento de nossa centelha vitalizante.
E no aspecto geral, estes núcleos coagulados de centelha
envoltas de conteúdos traumáticos graves, ou de uma simples magoa douradora, um
ressentimento, tendem a ser atrair e
reunir, como o mercúrio metálico liquido faz, e formar um corpo de dor, que
quanto maior, menor será nossa capacidade elástica e de resiliência e maior a
probabilidade que um evento simples nos gera uma deformação ou ruptura
definitiva, ou seja, aumenta nossa vulnerabilidade.
Aqueles que se declaram invulneráveis, blindados ao atrito
da vida, negando serem afetados pelo dia a dia ,vivem uma ilusão, uma
idealização, que não cabe a espécie humana, pois Ser Humano é se tornar
sensível e empático, a e aos poucos ir integrando-o até o momento que já não
mais exista, onde a capacidade elástica e de resiliência acumulada se torne
tal, que pouca coisa o abale realmente, pois já desenvolveu maestria com os
eventos que anteriormente eram traumáticos- já possui respostas na sua lucidez,
que o permite lidar com eles sem perder seu centramento e lucidez.
E somente o ser que
confia na sua capacidade elástica de se expor e não cindir nem romper, tem a
coragem e ousa encarar suas fragilidades e ainda mais não se envergonha delas.
Mas a técnica de mudar a crença de ser totalmente
vulnerável, viver à mercê do atrito do mundo, sem nada fazer, declarando dentro
de si, ensinando seu lado sombra que deve se tornar cada vez menos vulnerável,
é altamente eficaz, pois quebra condicionamentos da nossa subpersonalidade
vítima, frágil, que precisa de alguém que a proteja, alimentando nossa
subpersonalidade forte, capaz, maduro, resiliente, trazendo um ponto de
equilíbrio entre ambas, as reintegrando – forte, porém terno, decidido, capaz
mas empático.
O domínio nunca é obtido negando um aspecto, e o deixando
primitivo, latente, mas sim o desenvolvendo e o tornando funcional, de forma a
estar disponível sempre que necessário.
Como o amigo Inácio de Loyola defini bem : “Sou um Serenão –
mas isto não significa que sempre sou sereno, calmo, mas que sei dosar
exatamente a melhor forma, da melhor maneira e intensidade, no momento correto,
a energia que vou dispor par obter um objetivo determinado. E Se precisa para
tal, ser intenso, agressivo, o farei, desde eu resulte no Bem”, cause uma
quebra de estado hipnologico, rompa com uma ilusão, que cause dor pela visita
da Verdade.
Na alquimia da Consciência trabalhamos para elevarmos
através do desenvolver da capacidade ( por isto é chamada de capacitação) de a
cada dia nos tornarmos mais adaptáveis, ou seja, elásticos, onde podemos ser
exigidos sem deformação permanente, e respeitando nosso corpo no seu período de
regeneração de uma deformação temporária,
e pelo autoconhecimento conhecermos nossas fragilidades, nossos
possíveis pontos de ruptura, de cisão, para que como a água, tenhamos a
sabedoria de desviar do obstáculo, buscando caminhos onde o desgaste energético
e vibracional se reduzam ao máximo, permitindo que evoluamos, sem nos
deformarmos....e se o fizermos, saibamos reverter o desgaste até volta a uma
estrutura vibracional mais adequada ao nosso atual momentum evolutivo.
O equilíbrio dinâmico e equânime entre agua e terra:
fluidez, e rigidez; doçura terna e força poderosa...na dosagem correta pode se
tornar terra fértil; se muita agua emocional, um pântano em putrefação, se
muita terra seca, dura ou arenosa árida,
nenhuma semente nela cresce, tal como no deserto. Se muito sol, queima o
brotinho frágil, se ar muito gelado ou escasso,
nada se expande.
Uma planta para prosperar
precisa de um meio adequado, umidade, luz, ar e solo mais
propícios...muitas vezes as semente, o broto não cresce porque o meio onde ele
está não o favorece, e ai, ele tende a fazer o possível para sobreviver, ou
seja, não se romper. Neste caso não é
culpa da semente não brotar, e sim porque não providenciamos para ela o meio
necessário.
E será que nossas sementes,
nossos dons e talentos, encontram em nós o ambiente adequado para que
elas se desenvolvam e nos enriqueçam, nos dando mais capacidade elástica e de
regeneração, de sermos mais adaptáveis e fluídicos ao meio onde a vida em nós
se manifesta?
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