quinta-feira, 19 de abril de 2018

Chegada do Rio( Vida) ao Mar ( Self)


Quando o rio, chega ao oceano, antes de penetrar nele, existe uma pausa, pois o mangue é um berçário de vida.

Assim é em certos fins de ciclo, na nossa vida, não precisamos ir apressados se fundir com o mar.

Podemos olhar o caminho que percorremos com o olhar da água que SOUBE contornar todos os obstáculos e apesar de tudo, continuou a fluírem frente.
Houveram quedas, caindo sobre rochas, verdadeiros abismos, houve a necessidade de perfurar a terra formando cânions, de penetrar ao escuro do solo, e formar cavernas para superar montanhas, de formar aquíferos subterrâneos, de agua pura, as vezes evaporar e se tornar nuvens, para voltar a outro ponto do rio, ou a outro rio...mas seu destino quase que final, é o profundo oceano, que nos absorve, mesmo que depois dele evaporemos e recomecemos o caminhar.
O oceano é o Todo, nele não nos fundirmos, conhecemos o Todo e a Tudo, sem separação, por empatia,  mas NUNCA deixamos de ser quem somos...a molécula de agua continua a ser água, independe da forma assumida.
Mas enquanto observamos o oceano, nutrimos a vida do mangue,  podemos observar quantas portas encontramos, olhamos, mas pela energia densa, não penetramos e ficamos aprisionados....estivemos expostos a crueldade do mundo, à maldade, ao vícios, a promiscuidade, a corrupção ativa e passiva, a luxuria, a soberba ( pecados capitais e seus filhos), mas algo em nós preferiu manter a integridade e valores, o amor à vida e à liberdade e integridade da alma.
Vimos e usamos nossa CAPACIDADE de ESCOLHA, que antecede o arbítrio, e optamos por não penetrar nos mundos sombrios.

Porém, houveram outras portas luminosas, que exploramos em parte, mas nossa VONTADE defluir, nos levou em frente, mas deixamos estas portas abertas, para um dia voltarmos e revisitar....assim como em viagens, quando o local nos agrada, e temos pouco tempo e recursos para nele permanecer, voltamos sempre que é possível. Fizemos cursos, aprendemos técnicas, mas não nos aprofundamos...na época, não deu, não importa o porquê...
Pode ser a hora, enquanto aguardamos o momentum de se fundir ao oceano, e deixar o rio da vida, voltar a revisitar estas ferramentas, aprofundarmos nelas, e nos nutrimos delas...não é porque passaram, que não podemos retornar...na primeira visita, olhamos superficialmente, e pouco benefício obtemos, depois podemos observar melhor os detalhes, as cores e possibilidades, podemos nos deliciar, já não tão ansiosos de ver tudo pois é novidade, parar e sentir....
Mas deixar de lado o orgulho de quem já teve o suficiente daquilo, e precisa de outra novidade.
Porém nem sabemos tudo que aquela ferramenta pode nos dar....coletores ou caçadores? Se já colhido, ou caçado, perdemos o interesse...sempre querendo o novo...e quantas riquezas desprezamos pelo caminho...
Na pedra bruta, suja, pode se esconder, se lapidada um belo diamante, com aspecto de carvão, basta lavar e se dedicar a ela.
Quantos talentos desperdiçamos, pela ânsia de chegar logo ao destino, que perdemos a beleza do caminho.
Mas podemos ESCOLHER retomar algo, agora mais maduros, e absorver outras oitavas...
E se a porta, o quarto que visita agora, é denso, te faz infeliz, pode sair pela porta e penetrar em outra,,,
Não seja como a mosca aprisionado na teia de aranha, se desapegue, antes que a morte venha te devorar a vitalidade, o ânimo. A Morte =  AMor-a ti.
Se ocupar bem, ao esperar que o futuro se revele...
Que estância BOA, que te faz BEM, que você vai revisitar, e colocar um novo olhar ?
Que ferramenta que caiu no esquecimento, que vale apena resgatar, antes da partida ?
Quais elevam a sua vibração,  e desta vez sem pensar tanto na aplicação para o outro, mas na sua própria vida.
Pois na hora que o rio chega próximo ao mar, precisa de todo quantum energético que puder obter PARA SI MESMO, para finalizar sua jornada.
Mas quais as desculpas que você ainda conserva, para fugir de encarar este momento de se tornar tintura?
Nunca volte para uma porta, apenas para atrasar-se ao encontro, que é fatal...
Pois o Ego atual não gerencia sobre este momentum, você é apenas 10%, a mão que faz...
Mas quem é 90% de você é seu inconsciente, seu Espirito Invisível, o SELF ,teu corpo....
A mão só vai onde o corpo a leva, só age, se receber um impulso de vontade e tiver energia para tal.
E tiver desenvolvido, junto com o corpo( Espirito) , a capacidade de realizar a atitude.
O Rio só arbitra pelo seu caminho, na escolha de como caminhar, mas se dirigir ao oceano, é determinado pela geografia.
Afinal, no olhar aéreo, o rio está parado, resistindo ao movimento da Terra, que gira velozmente.
É hora de parar de resistir ao mover evolutivo da Terra, e sim se alinhar, se somar a ele...
O oceano parece parado, infinito, porque se move com a Terra. Assim é o Céu ,parece parado ,mas segue a Terra, pelo Cosmos, e nos garante à Vida.
Levar para o oceano, o que ?
Nesta parada, no mangue, depuramos os resíduos da jornada, alimentando as plantas, os animais....
Nos tornando agua limpa, pura, para não contaminar o oceano.
Na nossa parada antes de fundir-nos a nosso espirito, o que levamos a ele?
Toda nossa sujeira emocional, que recolhemos na jornada, as magoas, o ódio, as frustações, o desvalor?
Ou levaremos uma mente lucida, uma alma purificada, valiosa, que desenvolveu muitas habilidades, talentos, dons?
A vida é como uma fogueira, inicia lenta, as chamas sobem, iluminam, aquecem e encantam...mas chega uma hora, que as brasas já consumiram a madeira, e as chamas diminuem, a transmutação gera cinzas...o que é importante se torna  energia que voa em fagulhas aos céus, ao Espirito.
Novamente temos o preparo, a limpeza, para só penetrar no oceano, ou subir aos céus, como um Ser integro e puro. Digno e valioso.
Na porta do Céu, encontra- se nossa Centelha, a qual despidos, nós apresentamos...se íntegros e puros, nos permite a entrada...mas se carrega ainda carga, nós manda voltar, e desapegar da mesma...reencarnamos...
Não é o que fizemos enquanto no mundo, é como nos apresentamos à NOSSA porta...
O coração tão leve quanto uma pluma, diziam os egípcios, quando recitavam as negativas ao código de chumbo adquirido na vida...
Você se apresenta ao oceano, como um rio luminoso ou toxico?
Lave suas feridas, as cicatrize, e siga adiante, resiliente....

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