sexta-feira, 8 de abril de 2011

Vida = Consciência?


O que é realmente estar vivo? Para o reino mineral, vida é estar com suas moléculas em atividade, e através da movimentação atômica geram um campo energético de atuação. E de acordo com sua organização pode se manter particulada como terra que serve de sustentáculo a vida, e cada uma destas partículas exercem funções diferentes, seja de apoio, seja de nutrição, seja de reservatório de água, seja como mantenedora da crosta onde a vida possa progredir. Mas alguns minerais decidem evoluir, crescer, e através da sua associação com seus iguais, e em perfeita organização gera os cristais, belos e preciosos. Quem olha a o pó de carvão nunca poderia suspeitar que dele pudesse ser gerado um diamante. E como cristal, se torna mais forte e poderoso, a ponto de que fatos naturais não possam alterá-lo, pois em seu equilíbrio torna-se um universo em si capaz de registrar todo o conhecimento da existência do planeta que o sustenta, pois nasceu junto com ele. Graças ao reino mineral, que passou milhões de anos se organizando e estabelecendo, se tornou possível a partir dele surgir outras formas, outros reinos de existência, assim como o vegetal, que inicia a gerar em um mesmo organismo a capacidade de funções diferenciadas, a especialização, a simbiose. E há proliferação de células, já autônomas, microorganismos, que unidos, parte se tornam especializadas em ser raízes, parte flui como seiva que alimenta e gera caule, casca, galhos, e folhas que se banham ao sol, unindo a energia telúrica dos minerais planetários com a energia gerada pelo sol, temperada pelo vazio cósmico. Enquanto o mineral vive uma experiência voltada ao seu interior, o vegetal começa a vivenciar a relação com o meio, com os vizinhos, em troca simples, porém sincera. O reino vegetal prolifera em experiência de diferenciação da função de suas células-moléculas, gerando diversidade, aprendendo a conviver com os elementos, mais como observador, com campo de atuação limitado pela fixação ao solo. Mas o vegetal sonhou em ser capaz de se locomover. Então juntos, reino mineral e vegetal, com a ajuda dos elementos, vão aprendendo a gerar corpos, com apêndices, que lhes aumente o campo de atuação, até aprenderem a se alimentar e fixar sem raízes, e que ao mesmo tempo lhes permitisse a locomoção. As plantas vivem a experiência de compartilhar com a terra, com o ar, com a água, a sua existência. E foi aprendendo a se alimentar diretamente do ar, e formas de absorver nutrientes sem a dependência das raízes, gerando células especializadas a digestão, e começam a experimentar o movimento por meio de um comando interno. Então, para se moverem, foi necessário desenvolver um centro de comando, que coordena cada uma de suas células especializadas para que trabalhem em harmonia, e de forma sincrônica. Nasce então o cérebro primeiro, que já permite a manifestação da vida animal, fruto da soma das experiências dos minerais, dos vegetais, de seres mono e pluricelulares, que durante milhares de anos expereciaram e se aperfeiçoaram. Surgem então os peixes, pássaros, e animais terrestres, cada um aprendendo a conhecer e dominar os elementos nos quais vivenciam. Os peixes aprendem no meio aquático, os pássaros, no aereo e terrestre, e os animais terrícolas, com a terra, os minerais e vegetais. E todos os reinos e seres compartilham as bênçãos da água. E a diversidade continua a ser testada e experienciada, aperfeiçoando os mecanismos, para realizar o que é essencial para a sobrevivência, ou seja, para a manutenção e evolução da vida. Isto exige cada vez mais o desenvolver de um centro de comando, organizador das necessidades materiais do ser, tanto internas como em relação ao meio. Desta forma os animais vão se especializando, gerando os órgãos dos sentidos, sensíveis ao que acontece ao seu redor, movidos pela necessidade de se alimentar, beber, descansar. E isto vai exigindo do cérebro primário a evolução, melhores habilidades para a percepção e decodificação dos estímulos. E aos poucos vão se diferenciando, alguns mais adaptados que outros ao meio onde sobrevivem e outros mais inquietos, movidos pelo impulso de algo no seu interior, que é esperto e aventureiro, que não se conforma com limites, e através das exigências deste impulso,gera um cérebro cada vez mais capaz de perceber,sentir, interpretar, e comandar mais fatos. Aos poucos este Ser, aprende a caminhar sobre duas pernas, a dominar o fogo, fabricar ferramentas, a viver e caçar em grupo, a cultivar, a construir moradias, e acaba por gerar toda uma civilização. Mas este Ser, ainda é movido pelo cérebro, pelos impulsos de sobrevivência, apenas mais elaborados pelo desenvolvimento da imaginação e pela noção do alcance de suas ações mais imediatas E por séculos o Homem aprende a pensar, a vislumbrar uma consciência, a fazer escolhas. E se ilude,crê que assumiu o destino em suas próprias mãos, e vai se desconectando daquele impulso irrequieto que o levou a ser o que é.E a ilusão se materializa em um ser movido pelo impulso mental, cheio de necessidades e valores que tem que ser seguidos, pois senão será punido, e o Homem desaprende a ser feliz.Começa a acreditar que felicidade tem que ser conquistada, um mérito, que ela é impermanente, fugaz, o que é uma grande ilusão que a mente gerou, como mecanismo motriz substituto. Aquilo que nos impulsionava no passado, vivia não na mente primitiva, mas no peito, na força, na ação, no destemor, ou seja, na alma, no Espírito que se aninhava em nosso coração (ou será que somos nós que nos aninhamos em seus braços?) A alma é a verdadeira geratriz de nossa vida, é a sede de nossos sensos, do sentir, da escolha é bom ou é ruim, se devemos ir em frente ou desviamos. Mas ela não tem uma razão, só tem senso, então é pura, sabia,sem dramas,pois não gera discursos, ou melhor nem fala, sem moralidade aprendida- E apenas o que é – senso, e é feliz.Quem tem razões ,cria cenários, dramatizações, teatralizações, responsabilidades e por conseqüência culpas, magoas, raiva e plasma feridas, cicatrizes, doenças não é a alma, e sim a mente. Mas como nós nos esquecemos do que é Ser Alma, nos iludimos com os discursos da mente, nos tornamos dependentes dela, ao invés de seus gestores, e como animais agimos automaticamente pelos condicionamentos, e perdemos assim a lucidez. Pela mente sabemos onde estamos, o que azemos, como nos movemos e vivemos (?). Mas, vivemos mesmo ou sobrevivemos? Onde esta a nossa consciência? Esta na superficialidade do que o meio nos transmite, reagindo simplesmente? Agimos na inconsciência do aprendizado passado a nos pela sociedade, pelo mundo exterior? Será que somos lúcidos e tomamos consciência do porque de cada ato que realizamos, de cada fato que nos chega, como o faz, com que energia e intenção? Será que estamos presentes, inteiros naquilo que realizamos, em nossas escolhas, ou será que é a mente que nos move, instintivamente? Uma forma de testar se estamos vivendo na mente ou com a alma é observarmos _ O que eu sinto neste local, com o fato, o ato, a pessoa? Qual é o senso que me desperta?Se apenas a mente se manifestar você ouvirá vozes, cheias de argumentação, de razões e justificativas. E se prestar atenção de onde esta voz vem, provavelmente terá uma surpresa – Ela vem de fora de você, você a ouve com os ouvidos... Mas de fora, como, você se perguntará... Mas se lembrarmos que pensamento é energia, e energia tem movimento, tem campo de atuação, e, portanto tem materialidade, então poderá concluir que pensamento gera formas pensamentos, que tem materialidade, conteúdo e se muito alimentada, um tipo de consciência própria, ou mesmo personalidade, e que vaio se encaixando em nosso campo áurico, e é de lá que elas se manifestam, pressionam a cabeça, o peito, e como um polvo com tentáculos se irradiam por todo o corpo, nos paralisando se não fazemos o que elas determinam... pois elas obedecem um comando que nos lhe demos quando as geramos, lhes demos vida.... E se prestarmos atenção ao tom da voz, ao linguajar, até poderemos identificar de quem absorvemos e validamos aquela forma de pensar, alguém que foi importante na formação de nossa estrutura de crenças. E se tem voz, tem razão, lógica é oriunda da mente em comando. A alma se manifesta com sensações, com o sentir, a sensibilidade aliada aos sensos. Ela não fala, não argumenta, não cria dramas, culpas, pois para ela não existe passado nem futuro – Ela apenas É, pois é essência, o todo e o tudo... Mas o que você sente no seu peito... Ele esta preenchido, ou lá existe apenas um espaço vazio, onde a alma deveria estar aninhada?Se você sente solidão lá, ela deve estar ausente. Mas será que ela não esta presente na sua vida, ou é você que não esta lúcido, consciente, vivendo o seu presente?Será que o que separa você dela é o tempo, pois você vive outro momento? Que tal você mudar o teu foco de atenção deste mundo mental, das idéias, da imaginação, e conectar a mente como por um fio, o seu coração, à sua alma, e deixar que através dela, dos sensos, teus passos sejam direcionados, e sua mente gerenciada? Talvez neste momento, você descubra que a Felicidade é natural, faz parte do que se é, não é uma conquista, pois tudo que precisa ser conquistado, poderá ser perdido. Mas que já faz parte da sua essência, que não pode ser separada de você, sem que você mesmo a separe... e fazemos isto sempre que damos o nosso poder ao mundo, aos outros que cremos serem melhores que nós, através da atuação de nossas formas pensamento, que nossa mente física produz e que reveste nossa aura, nos tornando desconectados de nosso próprio Espírito, essência interior, pois a pressão externa nos distrai do Universo que somos, presente em nosso peito, do deus em nos. Estejamos Conscientes, Lúcidos e Presentes em tudo a cada segundo. Sejamos como os peixes, que aprenderam a dominar o mar. por mais revolto que ele esteja, o peixe é o condutor de seu caminho, não é um joguete da força das águas, pois ele compreende e convive com o meio... Ele é parte do meio, não se ilude que ele esta acima, ou fora dele, como nos o fazemos quando queremos controlar nossa vida... Quem controla é a mente... A alma Confia, tem Fé.

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